O Estado, os agricultores e a Universidade de Aveiro assinaram hoje um protocolo, até 2026, que tem em vista proteger a cultura do milho do impacto causado pelos javalis.
Em 2024, os prejuízos causados pelos javalis nas searas de milho ascenderam a nove milhões de euros (dados da Anpromis).
De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, as partes comprometem-se a “reforçar a cooperação, nomeadamente nas áreas de investigação, experimentação e inovação”.
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O protocolo “Estudo de Métodos de Proteção de Culturas Agrícolas (milho) dos Impactos do Javali” foi assinado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Universidade de Aveiro, Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e pela Associação Portuguesa de Matilhas de Caça Maior (APMCM), no âmbito do Dia de Campo – Cultura de Milho, que decorre hoje em Coruche, distrito de Santarém.
O protocolo estabelece as bases para a realização de ensaios para avaliar a eficácia dos mecanismos de dissuasão dos javalis, como redes de ovelheiras, redes eletrificadas, barreiras luminosas ou sonoras e dispositivos combinados.
Através deste documento, o ICNF comprometeu-se a executar as suas obrigações de informação e cooperação, a disponibilizar informação e a acompanhar a execução dos trabalhos.
À Universidade de Aveiro cabe afetar meios humanos e informáticos para a execução do protocolo e elaborar e submeter ao ICNF relatórios inicial, intermédio e final.
Já a Anpromis, INIAV, DGAV, CAP e APMCM vão disponibilizar “informação, documentos e orientações necessárias” à execução do documento.
O protocolo vai decorrer por 16 meses, entre setembro de 2025 e dezembro de 2026.
A primeira fase, entre setembro e dezembro de 2025, será dedicada ao estudo e seleção dos mecanismos de exclusão dos javalis e à definição da metodologia experimental a aplicar.
Por sua vez, a fase dois, entre janeiro e outubro de 2026, será para avaliar a eficácia dos mecanismos.
Já a última fase, a decorrer entre novembro e dezembro de 2026, tem como metas a divulgação, sensibilização e formação.
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