Saúde

Protetores solares devem ter uso diário, mesmo no inverno

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 horas atrás em 24-05-2025

O uso de protetores solares é essencial para quem vai à praia mas eles também devem ser aplicados todo o ano, mesmo no inverno, assegurou a dermatologista Maria Goreti Catorze.

Secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), destacou à Lusa que a exposição solar intensa, como a que ocorre na praia, “aumenta o risco de queimaduras solares, envelhecimento precoce e cancro da pele”.

Por isso, afiançou, o uso de protetores solares é uma medida essencial de fotoproteção, especialmente nestes contextos, mas recordou que a radiação UV (ultravioleta) está presente todo o ano, mesmo em dias nublados ou frios.

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“A exposição solar cumulativa contribui para danos cutâneos ao longo da vida, pelo que se recomenda o uso diário de protetor solar, especialmente no rosto e outras áreas expostas”, disse.

Investigadores ouvidos pela agência Lusa alertaram para os prejuízos que os protetores solares causam nas massas de água, seja nos oceanos, nos lagos ou rios, ainda que nunca pondo em causa a importância que têm para a saúde humana.

Ouvida pela Lusa, a secretária-geral da SPDV, que é também vogal da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), disse que o uso todo o ano de protetores é fundamental, como é fundamental que as pessoas de pele clara, com antecedentes de cancro cutâneo ou em contextos de elevada radiação UV, usem índice de proteção “50 ou superior”. Em uso urbano e diário fator 30 “pode ser suficiente” desde que “reaplicado corretamente”.

Não usar protetor, frisou a especialista, apenas em casos de reações alérgicas ou intolerância a determinados componentes, devendo nesses casos optar-se por fórmulas hipoalergénicas ou protetores minerais.

Goreti Catorze disse também à Lusa que na escolha de um protetor deve ser tido em conta o tipo de pele, a idade e o tipo de exposição, sendo que é sempre importante garantir que o produto tem proteção de largo espetro (UVA e UVB, dois tipos de radiação ultravioleta) e idealmente que seja resistente à água.

Especialistas ouvidos pela Lusa admitiram que os protetores solares químicos sejam mais prejudiciais para o ambiente do que os minerais, mas Maria Goreti Catorze, em relação à pele, não faz distinções.

“Ambos são seguros e eficazes”, considerou, explicando depois que os minerais, como o dióxido de titânio e o óxido de zinco, são mais indicados para peles sensíveis, enquanto os químicos podem ser preferíveis em peles mais escuras.

Para a dermatologista o protetor ideal para o verão será com índice de proteção 50+, proteção UVA e UVB, adaptado ao tipo de pele, “com boa tolerabilidade e formulação eco-responsável”. E com reaplicação a cada duas horas.

Mas além do protetor ideal, recordou, é fundamental evitar o sol entre as 11:00 e as 17:00, usar chapéu e roupa adequada, usar óculos escuros com proteção UV e aplicar o creme 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol

Porque “a fotoproteção não é apenas uma questão estética”, é “um verdadeiro investimento na saúde da pele e na prevenção de doenças graves como o melanoma”.

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