Coimbra

Protesto contra empresa de água em Vila Nova de Poiares decorreu sem incidentes

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 17-05-2020

Um protesto realizado na tarde de hoje, em que cerca de 100 pessoas exigiram a saída do município de Vila Nova de Poiares da empresa concessionária de água, decorreu sem incidentes, disseram fontes da organização e da GNR.

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A assembleia popular, que decorreu junto ao edifício dos Paços do Concelho de Vila Nova de Poiares, acabou por respeitar as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e as diretrizes do Governo face à pandemia da covid-19.

“A GNR chamou-nos a atenção para a concentração de pessoas e nós cumprimos tudo o que foi pedido. Correu tudo bem, tudo pacífico, tínhamos aqui dez grupos de dez pessoas para observar a regra. Não esteve foi ninguém da Câmara Municipal, mas isso também já estávamos à espera”, disse à agência Lusa Henrique Marques, do Movimento Espontâneo de Cidadãos (MEC) de Poiares.

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Fonte do comando territorial da GNR de Coimbra também afirmou que o protesto “decorreu sem incidentes”.

Sobre a exigência de saída do município da Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior (APIN), comparativamente ao que sucedeu em Penacova, também no distrito de Coimbra, município que decidiu abandonar a empresa depois de protestos da população, Henrique Marques admitiu que em Vila Nova de Poiares “não será tão fácil”.

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“Mas contamos com a força do povo para atingir esse objetivo”, argumentou.

Para além de participantes de Vila Nova de Poiares, estiveram presentes representantes de movimentos análogos de Penacova, Góis e Lousã e uma das próximas iniciativas passa pela recolha de assinaturas nos dez municípios que se mantêm na APIN, “juntar tudo para chegar às cinco mil e entregar na Assembleia da República para o assunto ser discutido” no parlamento, frisou Henrique Marques.

O MEC recolheu hoje as faturas da água das cerca de 100 pessoas presentes no protesto, que irá entregar quinta-feira na Câmara Municipal. Na sexta-feira decorre uma reunião do executivo camarário onde o movimento, que promete marcar presença, pretende que as faturas “sejam analisadas e nos deem uma resposta”.

Ainda sem data prevista, está anunciada a realização em Vila Nova de Poiares de um ‘mega buzinão’ em defesa da saída da APIN.

Integrando capitais exclusivamente públicos, a APIN arrancou com 11 municípios fundadores: Alvaiázere, Ansiãoo, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, do distrito de Leiria e Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares, no distrito de Coimbra.

Inicialmente, participaram também no estudo estratégico os municípios de Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo e Arganil, que optaram depois por ficar de fora da APIN, cujo projeto passa pela agregação dos sistemas municipais de distribuição de água para consumo humano em baixa, bem como serviços de saneamento, recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos.

Entretanto, o município de Penacova, que presidia ao conselho de administração, decidiu há dois meses abandonar a empresa, por decisão da Câmara e da Assembleia Municipal, na sequência de protestos da população.

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