Região

“Proporção monstruosa”: Bombeiros traídos pelo vento na Pampilhosa da Serra

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 22 minutos atrás em 14-08-2025

O incêndio que começou em Arganil alcançou esta madrugada, 14 de agosto, o concelho da Pampilhosa da Serra, obrigando a mobilizar meios terrestres e aéreos e a evacuar algumas aldeias.

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O Presidente da Câmara, Jorge Custódio, fez um ponto de situação a partir do posto de comando, descrevendo a dimensão do fogo e as medidas em curso. “Como sabem, teve origem no Piódão e de facto tomou uma proporção completamente monstruosa. A frente de fogo, quer para o lado da Pampilhosa, quer em Arganil, quer para o lado da Oliveira do Hospital, deixa-nos a todos muito, muito preocupados”, afirmou.

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O Presidente explicou que, apesar dos trabalhos de contenção terem sido eficazes durante a madrugada, os ventos fortes complicaram o combate: “Acabaram por entrar durante a madrugada, conseguiram controlar até cerca da uma, duas da manhã, mas depois os ventos fortes acabaram por trair.”

Atualmente, o fogo desce para quatro aldeias na Pampilhosa da Serra: Castanheira da Serra, Porto da Balsa, Camba e Covanca. “Não são aldeias que estejam em perigo neste momento, mas são quatro aldeias que estão na linha de fogo”, disse Jorge Custódio.

Uma das aldeias, Ceiroco, foi evacuada preventivamente. “O comando entendeu evacuar essa aldeia, não porque esteja na linha de fogo, mas porque tem apenas um único acesso rodoviário. Cerca de 30 pessoas foram retiradas e estão na secção dos bombeiros, acompanhadas pelo nosso gabinete de ação social, com comida e apoio psicológico”, explicou, destacando a atenção especial a pessoas idosas e àquelas que residem temporariamente na região.

O autarca sublinhou a preparação da comunidade: “Tem havido trabalho prévio, quer através dos serviços municipais de proteção civil, quer com os elementos dos próprios bombeiros. Todas as pessoas estão perfeitamente cientes da situação.”

Quanto à resposta operacional, Jorge Custódio reconheceu o esforço das equipas, mas alertou para as limitações: “Temos muitos meios, mas a extensão do incêndio é de tal ordem que não há meios suficientes para cobrir toda a linha de fogo. Ainda assim, está a ser feito um esforço gigantesco para minimizar os danos.”

O calor e o vento mantêm-se como fatores críticos. “O calor já ultrapassa os 30 graus e o vento será o nosso pior inimigo. Muitas vezes os próprios bombeiros podem ter uma linha controlada e uma alteração de vento pode pôr tudo em risco”, disse.

O Presidente da Câmara reforçou a necessidade de precaução: “O sentimento é de apreensão e nervosismo, que é perfeitamente compreensível, mas o foco principal continua a ser proteger as pessoas e as habitações.”

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