Coimbra

Projeto com participação da Agrária de Coimbra para combater espécies invasoras com balanço positivo

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 14-04-2020

 

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Life Stop Cortaderia é um projeto internacional que pretende prevenir e conter a disseminação da erva-das-pampas, uma planta invasora que causa problemas de saúde pública e está a proliferar ao longo de muitas vias de comunicação no nosso país.

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A participação da Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) no projeto Life Stop Cortaderia tem como principais objetivos aumentar a sensibilização e formação sobre a erva-das-pampas junto de diferentes públicos, gerar conhecimento
científico sobre esta espécie e participar na elaboração de uma estratégia transnacional de controlo para todo o Arco Atlântico, de Portugal a França. O projeto é coordenado pela AMICA, uma ONG de cariz social da Cantábria, que envolve ativamente profissionais
com algum nível de incapacidade no controlo da espécie, conferindo ao projeto uma inovadora dimensão social na luta contra as espécies invasoras.

O projeto termina em 2022 e apresenta já um balanço manifestamente positivo em ano e meio de existência, de acordo com a docente da ESAC e responsável pelo projeto Life Stop Cortaderia no IPC, Hélia Marchante. No decorrer deste período, foi possível
concretizar diversas ações importantes para combater esta espécie, nomeadamente a criação de um grupo de trabalho de luta contra a erva-das-pampas no Arco Atlântico, envolvendo entidades portuguesas, espanholas e francesas, com o objetivo de partilhar
informação, metodologias e resultados (estando em consulta a primeira versão da Estratégia Transnacional de Luta contra a Cortaderia), e a realização da Cartografia da erva-das-pampas em Portugal e na Cantábria, com recurso a modelação do habitat, de
forma a definir áreas prioritárias de conservação, que se encontra em fase de conclusão.Em Portugal, este trabalho está a cargo da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (ooutro parceiro Português do Projeto), com a colaboração do CIBIO/InBIO da Universidade do Porto.

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A criação de uma rede de deteção precoce e resposta rápida, com o desenvolvimento de uma aplicação para dispositivos móveis e respetiva página da internet, para que os cidadãos registem os avistamentos de erva-das-pampas; a divulgação do projeto nas redes
sociais; o primeiro Seminário LIFE Stop Cortaderia (realizado a 17 e 18 de outubro de 2019, no Parque Biológico de Gaia), organizado pelo Município de Vila Nova de Gaia em parceria com a ESAC; o estudo da ecologia reprodutiva de Cortaderia em várias zonas
do centro e norte de Portugal; e intervenções de controlo de erva-das-pampas na Cantábria são outras atividades destacadas pela investigadora, a par de diversas ações de formação sobre plantas invasoras e a erva-das-pampas em particular, que abrangeram 177
formandos de diferentes áreas.

De acordo com Hélia Marchante, “a comunicação deste problema é fundamental, visto que é preciso sensibilizar os cidadãos para que tenham uma postura mais ativa e ajudem a controlar estas espécies”.

A investigadora esclarece, ainda, que as pessoas têm muita
dificuldade em saber identificar as várias plantas e, por esse motivo, a Escola tem apostado em palestras, formação em grupos e sensibilização em Escolas, Câmaras Municipais e outras entidades públicas consideradas decisivas no combate e controlo das
invasoras.

Na plataforma invasoras.pt os utilizadores de todo o país podem colaborar no mapeamento voluntário das plantas invasoras, numa colaboração de longa data com o Centro e Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra. De acordo com Hélia Marchante, “apesar de ser preciso chegar a mais cidadãos, surpreendeu-nos muito as
pessoas terem aderido a esta iniciativa de ciência-cidadã que conta agora com 7 anos.

Temos mais de 700 cidadãos que participam com alguma regularidade e mais de 20 mil registos de localização fornecidos”. Para motivar a participação, esta plataforma tem uma
série de Desafios (http://invasoras.pt/desafios2019/, e mais recentemente no contexto de isolamento social http://invasoras.pt/invasoras-a-janela/) que são lançados aos cidadãos para que colaborem na recolha de dados sobre as espécies. Oferece também perfis completos das espécies invasoras no território nacional, acompanhados de fotografias.

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