Coimbra
Projecto de reformulação do Mercado Municipal de Coimbra não é carne nem é peixe!
A Câmara de Coimbra projeta dinamizar o Mercado Municipal D. Pedro V, no centro da cidade, com a reformulação do espaço através da criação de uma praça de tasquinhas e para eventos.
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A proposta da Câmara, que foi debatida e explicada na reunião do executivo municipal desta segunda-feira, prevê a modernização do espaço e sua adaptação a “novas dinâmicas de funcionamento”, com a “instalação de postos fornecedores de refeições” e da criação de “uma zona central comum com mesas, para além de obras de manutenção do edifício”.
O “ante-preojecto” de reformulação foi aprovado por unanimidade pelos 11 eleitos, mas a “proposta” sobre o modelo de gestão não mereceu o mesmo acolhimento: Os 5 eleitos pelo PS votaram a favor. A CDU votou contra. A coligação Mais Coimbra e o movimento Somos Coimbra (José Manuel Silva participou na discussão, mas saiu antes da votação) optaram pela abstenção.
A “praça de restauração” ficará na área central d o primeiro piso do imóvel, onde também surgirão outros espaços: “um para ponto de encontro, outro vocacionado para pequenas feiras temáticas e eventos de animação, e um terceiro dirigido aos produtores agrícolas”, explicita o anteprojeto da intervenção.
“A inclusão de uma cortina de vidro para isolar a galeria do primeiro piso do mercado do peixe (instalado no rés-do-chão), permitindo que esta área, atualmente desaproveitada, possa ter novas utilizações”, é outra das medidas projetadas, anunciou a autarquia em comunicado enviado a NDC.
Acrescenta o município que para “a zona atualmente sem utilização está ainda previsto “um espaço de restauração individualizado”, com acesso direto do exterior, a partir do estacionamento ao ar livre (que poderá “funcionar mesmo com o mercado fechado”), apoiado com “sanitários e cozinha de confeção” e com “entrada própria para cargas e descargas”.
Relativamente às obras de manutenção do complexo, estão planeadas a “revisão da cobertura do edifício”, a substituição da iluminação por um sistema com melhor eficiência energética, a “reparação de pavimentos degradados” e “pinturas interiores e exteriores de paredes e tetos”, entre outras intervenções, mas para que tal seja possível é necessário obter fundos europeus.
A Câmara Municipal de Coimbra parece assim apostada em replicar no D. Pedro V os bons exemplos nos lisboetas mercados da Ribeira e de Campo de Ourique, mas pelo que ouvimos na reunião a aposta nem é carne nem é peixe.
A intervenção é muito limitada, pouco ousada, com custos (demasiados) controlados, o que pode fazer com que não seja possível transformar o espaço no “spot” que Coimbra não tem.
A Câmara ainda não decidiu qual o “modelo de gestão” que irá adotar, mas não coloca de parte a possibilidade de concessionar parte do negócio.
Ouça tudo o que foi dito sobre o “MM”:
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