Os preços do arroz carolino e do arroz agulha registaram os maiores aumentos na última semana, segundo a análise da DECO PROteste.
Entre 1 e 8 de outubro, o preço do arroz carolino subiu 12 cêntimos (8%), alcançando 1,56 euros por quilo, enquanto o arroz agulha aumentou 8 cêntimos (5%), para 1,69 euros.
O cabaz alimentar monitorizado pela DECO PROteste também sofreu um ligeiro aumento, de 17 cêntimos (0,07%), passando a custar 242,14 euros. Apesar do crescimento recente, o valor continua abaixo do registado no início do ano, quando o cabaz custava 5,98 euros menos (2,53%), e muito aquém do preço de janeiro de 2022, altura em que era possível adquirir os mesmos produtos por 54,44 euros a menos (29%).
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Além do arroz, outros produtos com aumentos percentuais significativos na última semana foram: cereais integrais (+24%), alface frisada (+18%) e cebola (+10%).
Se compararmos com os preços de janeiro de 2025, destacam-se os aumentos dos brócolos (+40%), café torrado moído (+39%) e laranja (+28%).
Desde que a DECO PROteste iniciou esta análise, em janeiro de 2022, os maiores aumentos percentuais registaram-se na carne de novilho para cozer (105%), ovos (78%) e café torrado moído (77%).
A guerra da Rússia na Ucrânia, a escassez de matérias-primas e o aumento dos custos de produção — incluindo fertilizantes e energia — pressionaram os preços de produtos como carne, hortofrutícolas, cereais e óleo vegetal desde 2022. Embora o governo tenha isentado o IVA de um cabaz com mais de 40 alimentos em abril de 2023, a medida teve efeito temporário, e os preços voltaram a subir nos meses seguintes.
Em 2025, os aumentos mais notórios têm sido observados em produtos como ovos, café torrado moído e chocolate.
A DECO PROteste recomenda comparar os preços dos supermercados utilizando o simulador do cabaz alimentar, disponível na plataforma Saber Poupar. A ferramenta permite pesquisar por distrito, concelho e tipo de alimentos, ajudando os consumidores a encontrar os supermercados mais baratos para os produtos que normalmente compram.
“Pesquisar e comparar preços é hoje a forma mais eficaz de reduzir a fatura do supermercado, face às constantes subidas de preços”, sublinha a DECO PROteste.
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