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Problemas financeiros obrigaram OMS a cortar 40% do financiamento de emergência

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 hora atrás em 23-10-2025

 Os problemas financeiros da Organização Mundial de Saúde (OMS), em parte devido à saída do seu maior doador, os Estados Unidos, forçaram um corte de 40% no financiamento dedicado às emergências em todo o mundo, reconheceu hoje a OMS.

“Mais de 5.600 unidades de saúde tiveram de reduzir os seus serviços e mais de 2.000 suspenderam as suas operações”, disse Teresa Zakaria, chefe da unidade de assistência humanitária e de emergência da OMS, em conferência de imprensa.

Zakaria sublinhou que os cortes reduziram o acesso aos serviços de saúde de 53 milhões de pessoas e referiu que alguns estudos científicos sugerem que estes problemas financeiros podem causar até 14 milhões de mortes evitáveis.

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“Já estamos a assistir a isso em países como a República Democrática do Congo, o Sudão e o Haiti, com um aumento das taxas de mortalidade materna e de subnutrição”, disse a responsável da agência das Nações Unidas para a saúde.

“Estamos a ter de fazer escolhas difíceis sobre quem priorizar e quem não priorizar entre os mais de 300 milhões de pessoas que tínhamos identificado anteriormente como tendo necessidade de assistência humanitária”, lamentou, sublinhando que as organizações de ajuda às mulheres foram particularmente afetadas.

O Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, indicou na mesma conferência de imprensa que cerca de 50 países foram afetados pelos cortes, salientando que a agência está a considerar encerrar escritórios nacionais em países de rendimentos médios e altos.

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