O Governo prevê investir no próximo ano 133 milhões de euros com a aquisição de frota para a CP e para os metros de Lisboa e Mondego, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), hoje entregue.
No relatório que acompanha a proposta do OE2026, o executivo PSD/CDS-PP detalha que irá fazer um reforço na aquisição de material circulante para a Metro Mondego no valor de cinco milhões de euros.
O maior bolo do investimento em frota no setor ferroviário vai para a CP – Comboios de Portugal, com 98 milhões de euros, o mesmo valor previsto para este ano, embora inicialmente tenham sido anunciados 90 milhões de euros.
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Na frota do Metropolitano de Lisboa o Governo prevê investir 30 milhões de euros, depois de no anterior OE ter reservado 45 milhões e de este valor ter acabado, segundo o relatório hoje apresentado, por se cifrar nos 53 milhões de euros.
No relatório destaca-se o investimento alocado aos projetos de expansão da rede do Metropolitano de Lisboa, nas linhas Vermelha (São Sebastião II — Alcântara) e Odivelas — Loures (metro de superfície), e da Metro do Porto, nas linhas da Casa da Música — Santo Ovídio, de metro ligeiro e obras complementares, e na extensão da linha Rosa, da Trofa e de Gondomar.
No caso do Metropolitano de Lisboa, é indicada a aquisição de material circulante enquadrada no projeto de compra de 24 unidades triplas de comboios.
No quadro em que estão descritos os valores para a expansão da rede e aquisição de frota no OE2026 não está prevista qualquer verba de financiamento para a aquisição de material circulante para a Metro do Porto, que receberá verbas apenas para a expansão.
No relatório é ainda referido que a Transtejo Soflusa (TTSL) prevê concluir a execução do plano de renovação da sua frota, o qual incluiu a aquisição de 10 novos navios elétricos, a aquisição de nove ‘packs’ de baterias e a aquisição e construção de postos de carregamento.
A Transtejo tem atualmente nove navios elétricos, três dos quais não estão a navegar (o Cegonha Branca devido a um acidente e os outros dois porque não têm ainda o certificado de navegabilidade), estando prevista a chegada em outubro do 10.º e último navio da frota.
O serviço de ligação fluvial entre as duas margens dos distritos de Lisboa e Setúbal é assegurado por seis navios elétricos e 12 navios convencionais.
De acordo com o Governo, o ano de 2025 foi marcado “pela inversão da tendência de baixo nível de utilização dos meios de transporte público”, tendo apostado numa “política tarifária de incentivo ao uso” do transporte e reforçado os investimentos em conservação e modernização das infraestruturas ferroviária, de metropolitano e rodoviária.
O Governo entregou hoje no parlamento o OE2026, na véspera do prazo limite e três dias antes das eleições autárquicas de domingo.
No cenário macroeconómico, o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2% neste ano e 2,3% em 2026.
O executivo pretende alcançar excedentes de 0,3% do PIB neste ano e de 0,1% no próximo. Quanto ao rácio da dívida, estima a sua redução para 90,2% do PIB em 2025 e 87,8% em 2026.
A proposta vai ser discutida e votada na generalidade entre 27 e 28 de outubro. A votação final global está marcada para 27 de novembro, após o processo de debate na especialidade.
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