Economia

Prestação da casa sobe em novembro em todos os prazos

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 meses atrás em 31-10-2023

A prestação da casa paga ao banco vai subir em novembro para todos os contratos indexados a taxas Euribor que sejam revistos nesse mês, agravando-se em 135,55 euros no prazo a 12 meses, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

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Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de novembro 819,96 euros, o que traduz uma subida de 135,55 euros face ao que pagou neste último ano.

Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a seis meses, o cliente passa a pagar 815,81 euros, mais 54,36 euros do que paga desde maio.

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Já no que diz respeito aos empréstimos indexados à Euribor a três meses, a prestação da casa – para as condições referidas – aumenta em novembro para 802,30 euros, refletindo uma subida de 26,87 euros mensais face à última revisão, em agosto.

No caso dos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a subida da prestação é maior do que nos outros dois indexantes, uma vez que quem tem o crédito indexado a este prazo a revisão só acontece a cada ano. O agravamento que vai registar-se para os contratos que renovam em novembro é, ainda assim, menor do que os que viram a sua prestação ser revista em outubro em que o aumento foi de 167,54 euros neste prazo de indexante.

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Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de outubro, tendo sido a seis meses de 4,115%, a três meses de 3,968% e a 12 meses de 4,160%.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras Banco Central Europeu (BCE).

Após vários anos em terreno negativo, as Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro.

Desde julho de 2022, o BCE aumentou as taxas diretoras 10 vezes consecutivas, tendo interrompido pela primeira vez este ciclo de subidas na sua reunião de 26 de outubro, deixando as taxas inalteradas.

Assim, a taxa de depósitos permanece em 4%, o nível mais alto registado desde o lançamento da moeda única em 1999, enquanto a principal taxa de juro de refinanciamento fica em 4,5% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,75%.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, advertiu que os riscos inflacionistas, acentuados pelo conflito no Médio Oriente, ainda não permitem ponderar uma descida dos juros.

“Discutir cortes é totalmente prematuro neste momento”, afirmou Lagarde.

O comunicado divulgado pela instituição refere que, com base na avaliação efetuada, “o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras estão em níveis que, se forem mantidos por um período suficientemente longo, darão um contributo substancial” para assegurar que a inflação vai regressar ao objetivo de 2%.

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