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Presidente de Pombal quer a cadeira mais quente do municipalismo

Notícias de Coimbra | 29 minutos atrás em 28-11-2025

O presidente da Câmara de Pombal, Pedro Pimpão, é candidato à liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), cujo congresso eletivo se realiza em dezembro, em Viana do Castelo, disse o próprio à agência Lusa.

Pedro Pimpão, que é presidente dos Autarcas Social Democratas, deverá suceder na liderança do Conselho Diretivo da ANMP a Luísa Salgueiro, presidente do Município de Matosinhos, eleita pelo PS.

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Nas eleições autárquicas de 12 de outubro, o PSD venceu o maior número de Câmaras, recuperando a ANMP, que pertencia ao PS desde 2013.

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No total nacional, o PSD, com listas próprias ou em coligações, venceu em 136 municípios contra 128 do PS, quando em 2021 tinha triunfado em 114, contra 149 dos socialistas.

Pedro Pimpão explicou que a sua candidatura pretende representar “todos os municípios, de todas as regiões e de todas as sensibilidades políticas”.

“A minha candidatura tem o apoio de autarcas de todos os quadrantes ideológicos e de todas as regiões do país. Neste momento, estou a continuar a fazer contactos no sentido de a candidatura ser a mais abrangente possivel”, adiantou.

Pedro Pimpão, de 45 anos, é licenciado em Direito. Em outubro, foi eleito para um segundo mandato à frente da Câmara de Pombal, no distrito de Leiria.

Membro do atual Conselho Diretivo da ANMP, é vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria.

Entre outras funções, foi deputado e presidente da Junta de Freguesia de Pombal.

Para o mandato de 2025-2029, Pedro Pimpão elenca várias prioridades, incluindo um novo modelo de financiamento local, descentralização responsável (com revisão anual dos custos reais), coesão territorial e regionalização (propondo, por exemplo, incentivos fiscais diferenciados), e modernização e Inteligência Artificial nas autarquias (com a criação de um plano nacional).

A estas, somam-se licenciamentos ágeis e investimento (e interoperabilidade digital entre entidades), valorização dos recursos humanos (como incentivos à fixação em territórios de baixa densidade), novo ciclo de financiamento europeu 2028–2035, Estatuto dos Eleitos Locais (reclamando condições dignas no exercício de funções e proteção jurídica reforçada) e municipalismo lusófono (cooperação técnica e formação conjunta com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa).

A comemoração dos 50 anos do Poder Local em Portugal, a revisão Lei Eleitoral Autárquica, a valorização das freguesias e a codificação autárquica (reunir legislação dispersa num código único) estão, igualmente, entre as prioridades.

À Lusa, Pedro Pimpão elogiou ainda o trabalho da atual liderança da ANMP, considerando que fez um trabalho relevante “na defesa da autonomia local, na negociação da descentralização e no reforço institucional”.

O congresso eletivo da ANMP decorre nos dias 13 e 14 de dezembro, em Viana do Castelo.

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