Saúde

Presidente da República afirma que o povo português votou a favor da vacinação com maioria nunca vista em eleições

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 16-09-2021

O Presidente da República assinalou hoje a adesão do povo português à vacinação contra a covid-19, declarando que representa uma votação favorável maioritária nunca vista em eleições e demonstra o “caráter ultraminoritário” dos “chamados negacionistas” em Portugal.

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Na 23.ª sessão sobre a evolução da covid-19 em Portugal, no auditório do Infarmed, em Lisboa, após ouvir as apresentações dos especialistas, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que “é importante essa pedagogia de colocar o acento tónico na maioria esmagadora” da população, já superior a 80%, “que, não sendo forçada, aderiu, mesmo naquela parte em que poderia haver dúvidas ou resistências”.

“Isto é muito impressionante e faz a diferença em relação a outros países europeus, onde os chamados negacionistas têm percentagens muito elevadas da população”, considerou.

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“Mais importante do que – o que é condenável em democracia – os excessos na defesa das teses negacionistas, é demonstrar o caráter ultraminoritário desse setor da opinião pública portuguesa”, reforçou o chefe de Estado, observando: “Não sei se isso não tem um efeito na crispação de alguns elementos desse setor, mas é a realidade, é a realidade”.

Perante o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro e representantes dos partidos com assento parlamentar, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: “O povo português votou, e uma forma de voto foi vacinar-se, e aqui votou com uma maioria que até agora nenhuma eleição deu a ninguém. E é bom que isso seja retido”.

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O Presidente da República apontou “essa resposta dos portugueses” como “chave do sucesso de todo o processo”, realçando que “ninguém impôs à força” a vacinação contra a covid-19 e que “noutros países da Europa isso não foi possível ou não está a ser possível”.

No seu entender, os portugueses que se vacinaram “perceberam a importância do que estava em causa” e o número de pessoas que “tinham resistência à vacinação” em Portugal foi “diminuindo, progressivamente”.

“Eu conheci mesmo na minha família muitos jovens que hesitaram na vacinação, nomeadamente entre os 12 e os 16 anos, hesitaram na vacinação, hesitaram eles, hesitaram os progenitores, os pais. E mesmo os que hesitaram houve um momento em que decidiram avançar”, contou, adiantando depois que convenceu netas suas a vacinarem-se.

O chefe de Estado frisou a importância da responsabilidade individual e disse que “mesmo os negacionistas mais crispados ou nervosos terão de admitir que o apelo à responsabilidade individual é um apelo também a eles, a todos”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, neste momento, “está a existir uma preocupação de esclarecimento atempado de tudo o que podem ser as fases seguintes, ainda mais do que no passado”, assim como “uma calendarização muito atenta daquilo que é preciso fazer ou não é preciso fazer na sociedade portuguesa”.

“Mas a palavra final é dos portugueses. Tudo isto poderia ser assim e os portugueses não terem votado, 80 e tal por cento. Votaram, acho que é um exemplo de democracia. Seria mesmo estranho que fosse 100%, isso quereria dizer que estaríamos porventura num regime ditatorial. Mas há uns que ainda não votaram e podem votar”, referiu, acrescentando: “Vão a tempo de votar”.

Em Portugal, desde março de 2020, já morreram mais de 17 mil doentes com covid-19 e foram contabilizados mais de um milhão de casos de infeção com o vírus SARS-CoV-2, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim hoje divulgado pela DGS, nas últimas 24 horas registaram-se 1.062 novos casos de infeção e seis mortes associadas à covid-19 e encontram-se atualmente internados 497 pessoas com esta doença, 103 das quais em cuidados intensivos.

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