Política

Presidente da República aconselha “sentido nacional” a governo e oposição

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 13-08-2020

O Presidente da República aconselhou hoje ao governo e aos partidos da oposição “sentido nacional” na gestão da atual crise pandémica de covid-19 e consequente crise económica, admitindo um novo modelo de sessões com epidemiologistas.

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“A epidemia exige escrutínio público e político e é natural que os partidos, nomeadamente a oposição, queiram fazer esse escrutínio, mas exige também muito sentido nacional. Eles que pensem um bocadinho que, se fossem Governo, teriam de enfrentar muitos fatores imprevisíveis”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado respondia a perguntas da comunicação social após visitas a três unidades hoteleiras lisboetas para avaliar o setor do turismo, a convite da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

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“O Governo que pense também um bocadinho em como é importante informar a oposição acerca dos seus pontos de vista sobre matérias tão importantes como a abertura do próximo ano letivo, os dados dos exames serológicos sobre a imunidade da sociedade portuguesa e a própria antevisão, que é difícil, daquilo que se pode passar lá fora e cá dentro”, disse.

Sobre o eventual regresso das sessões com epidemiologistas no Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que “cabe ao governo no momento que entender adequado”, depois de “terminado o mês de agosto que é o mês mais morto” repensar um modelo de informação ao país.

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Esse novo modelo, continuou, serviria “não tanto para informação dos deputados porque isso pode ser feito no parlamento, mas para informação do país”.

Marcelo apontou para a existência de meios digitais que permitem o acesso dos cidadãos às sessões “mesmo não intervindo”, sendo essa uma hipótese que pode ser ponderada, “para não haver dúvidas sobre o que se disse lá dentro”.

Questionado sobre o estado do setor hoteleiro no país e os efeitos da organização da ‘Liga dos Campeões’ (UEFA Champions League) na capital, o presidente adiantou que “a animação tem sido limitada” e “num número determinado de unidades hoteleiras”.

Apontando que alguns hotéis passaram de 0% para apenas “30 ou 40%” de ocupação”, Marcelo adiantou que o setor sente uma evolução mas que esta depende “de tanto fator imprevisível cá dentro e lá fora que tem que ser gerido permanentemente”.

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