Presidente da Câmara disse ao Ministro que não quer maternidade nos HUC

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 23-04-2018

O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, manifestou-se hoje contra a localização da futura maternidade na cidade, anunciada na sexta-feira, voltando a defender o Hospital dos Covões como o espaço mais indicado.

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A nova maternidade de Coimbra, que resultará da fusão das duas maternidades existentes na cidade (Daniel de Matos e Bissaya Barreto), representando um investimento de 16 milhões de euros, ficará situada no polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), disse na sexta-feira o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Fernando Regateiro.

O responsável falava numa conferência de imprensa, em Coimbra, com a presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, durante a qual foram anunciados investimentos na área da saúde de cerca de 70 milhões de euros previstos para o concelho nos próximos três anos.

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Para o presidente da Câmara de Coimbra, o socialista Manuel Machado, a instalação da nova maternidade nos HUC agravará a circulação e estacionamento automóvel em toda a área deste hospital, onde se situam outros estabelecimentos como o Instituto Português de Oncologia, o Hospital Pediátrico e o polo III da Universidade de Coimbra, integrada designadamente pelas faculdades de Medicina e de Farmácia.

“Preocupa-nos o bom funcionamento dos HUC em termos de acessibilidades”, afirmou o autarca, sustentando que se trata de uma “má solução no plano urbanístico”.

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Manuel Machado, que intervinha hoje na sessão da Câmara de Coimbra, voltou a defender, por isso, a instalação da maternidade no campus do Centro Hospitalar de Coimbra (vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões), onde existem igualmente serviços hospitalares complementares – e se não existem todos os que são necessários, que “se ponham a funcionar”.

Além de “resultar numa descompressão do polo dos HUC”, a localização da maternidade no polo dos Covões (hospital igualmente integrado no CHUC) também serve para “reativar este equipamento público”, sustentou o autarca, referindo que transmitiu “ao ministro [da Saúde] que esta solução [localização nos HUC] não é validada por nós”.

Idêntica é a posição do vereador da CDU, Francisco Queirós, que também é adepto da localização da maternidade nos Covões, mas – alertou –, enquanto o novo estabelecimento não estiver a funcionar, é necessário intervir nas atuais instalações, sobretudo na Maternidade Daniel de Matos, e reforçar os meios humanos das duas maternidades, que se debatem com falta de pessoal.

“As discussões sobre a localização” da maternidade “apenas servem para adiar” a criação da nova maternidade, sustentou, por outro lado, o vereador social-democrata Paulo Leitão, que falava igualmente na reunião de hoje do executivo municipal.

“O anúncio da semana passada [sobre a localização] da nova maternidade constitui uma boa notícia para Coimbra”, mas é necessário “recuperar o tempo perdido, dados os inexplicáveis atrasos”, disse Paulo Leitão.

“O estudo da melhor localização, reforço da oferta de lugares de estacionamento, a melhoria das ligações rodoviárias ou o reforço da oferta de transportes públicos” é uma questão técnica e compete à “política optar pela solução que minimize custos”, sustentou.

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