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Presidente da Águas de Portugal diz que não distribuir dividendos das Águas do Mondego seria incorreto

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 13-03-2014

O presidente da Águas de Portugal (AdP) disse hoje nas Caldas da Rainha que não distribuir os dividendos da Águas do Mondego (AdM), decisão que foi tomada na quarta-feira contra a vontade dos municípios acionistas, seria incorreto por criar dívida.

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“Quando uma empresa tem saúde financeira, não distribuir esses dividendos faz com que esses dividendos fiquem em dívida e a capitalizar com juros. Portanto, é prejudicial para os acionistas estar a capitalizar juros de dividendos que não foram distribuídos”, afirmou Afonso Lobato Faria à agência Lusa.

O presidente da Adp adiantou que a distribuição de 1,4 milhões de euros de dividendos abarca todos os acionistas, tanto a AdP como os próprios municípios, daí concluindo que “os municípios saíram beneficiados”.

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A AdM vai distribuir dividendos, no montante de cerca de 1,4 milhões de euros, pelos acionistas, “apesar do voto contra dos municípios” que integram a empresa.

Os presidentes das câmaras que integram a AdM votaram contra a distribuição de dividendos por entenderem que aquele dinheiro deveria ser aplicado em investimentos ou na “redução das tarifas” da água ou da dívida da empresa, disse o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, que falava aos jornalistas após a reunião, em representação dos municípios que integram a sociedade.

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A AdM “reduziu a capacidade de investimento e aumentou o endividamento”, afirmou o autarca, salientando que existem “investimentos comprovadamente necessários”, alguns dos quais contratualizados, que continuam adiados, e referindo que, “apesar disso, o acionista maioritário [a AdP], por orientação do Governo, propôs e votou a distribuição de dividendos”.

Em resposta, o presidente da AdP esclareceu que “os investimentos futuros estão assegurados”, adiantando que, por se tratar de rubricas orçamentais diferentes, a AdM não poderia dar um destino alternativo aos dividendos.

Os autarcas acabaram por abandonar a assembleia geral da empresa “perante a postura centralista” e “ditatorial” do acionista maioritário, a AdP, que detém 51% do capital social, contra 49% dos 12 municípios acionistas, mas o presidente da AdP não se revê nas críticas.

Apesar de a assembleia ter continuado, em causa esteve a retirada da ordem de trabalhos da eleição dos corpos sociais, que deveria ter ocorrido em março de 2013.

“Tendo em conta que existem agregações que estão iminentes, que vão criar novas empresas, se tivéssemos a eleger novos órgãos sociais neste momento, eles teriam uma duração muito curta. Portanto, parece-nos mais avisado manter em funções os atuais órgãos por mais tempo, aguardando que as agregações se concretizem”, justificou Afonso Lobato Faria.

Segundo o presidente da AdP, a agregação da AdM às empresas SIMLIS (Leiria) e SIMRIA (Aveiro), no quadro da reestruturação dos sistemas do grupo, merece também o desagrado dos municípios, o que “é compreensível porque neste caso a tarifa não vai ser reduzida e a solidariedade, que é necessária nestas agregações de sistemas, pode não ser abraçada por alguns”.

Afonso Lobato Faria falava à saída da assembleia-geral da Águas do Oeste nas Caldas da Rainha.

A AdM fornece água a 299 mil habitantes e trata as águas residuais de 248 mil dos concelhos de Ansião e Leiria (distrito de Leiria), Arganil, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Penacova e Vila Nova de Poiares (distrito de Coimbra) e Mealhada (distrito de Aveiro)

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