Economia

Presidenciais: Ventura quer economia ao “serviço às pessoas” ao invés de “aritmética”

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 dias atrás em 08-12-2025

O candidato presidencial André Ventura exortou hoje o Governo a encarar a economia “como um serviço às pessoas” ao invés de se preocupar com “uma aritmética de números” ou “um Excel para mostrar à União Europeia”.

“Gostava que o Governo se preocupasse com a pobreza nos mais velhos, gostava que o Governo se preocupasse com o nível que temos hoje de pessoas a depender de subsídios do Estado para ter qualquer coisa em vez de se preocupar com aritmética”, afirmou aos jornalistas, em Évora.

Um dia depois de a revista britânica The Economist ter considerado Portugal como a “economia do ano” de 2025 entre os 36 países mais ricos do mundo, o presidente do Chega e candidato presidencial defendeu que é preciso conhecer os critérios desta classificação e lembrou que o país integra outros ‘rankings’ menos positivos.

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“Portugal também está noutros ‘rankings’ maus de pobreza dos seus idosos e dos reformados, também está em rankings maus de subsidiodependência e de dependência do estado da economia, de níveis de burocracia”, contrapôs, referindo tratar-se de uma questão que tem de ser encarada de “todos os lados”.

No entender de Ventura, o executivo da AD (PSD/CDS-PP) poderia tirar partido deste ‘ranking’ da revista The Economist para mudar a sua visão económica.

“Eu gostava que o Governo aproveitasse esta oportunidade que temos aqui para poder olhar para a economia como um serviço às pessoas e não como uma aritmética de números ou como um Excel para mostrar à União Europeia”, defendeu.

Para o candidato às presidenciais de 18 de janeiro de 2026, “as pessoas sabem que as coisas não são assim”.

“E não vale a pena enganarmos as pessoas com ‘rankings’ e com números, que são apenas a adulteração da realidade”, frisou.

Os ‘rankings’ que devem interessar, “se o Governo quer fazer alguma coisa, são diminuir a pobreza, diminuir o nível de subsidiodependência, aumentar os salários para evitar que os jovens tenham que sair do país”, argumentou Ventura, sublinhando que é aí que Portugal tem “de estar em primeiro” e “é esse combate” que, como Presidente da República, pretende travar.

André Ventura deslocou-se hoje a Évora para, acompanhado de militantes do Chega e apoiantes da sua candidatura presidencial, participar numa arruada por algumas ruas do centro histórico desta cidade alentejana, no âmbito da qual contactou com comerciantes locais e populares.

O candidato presidencial, além de abordar outros temas, foi questionado pelos jornalistas sobre a sua posição face ao novo pacote laboral que está na base da greve geral da próxima quinta-feira e reiterou ser “completamente e frontalmente contra qualquer coisa que em Portugal seja desvalorizar e tirar direitos a quem trabalha e premiar aqueles que não querem trabalhar e não querem fazer nada”.

“Devíamos ter um governo que se preocupasse em fazer leis para quem trabalha por turnos, para quem trabalha extraordinariamente, para não permitir despedimentos como um bar aberto, ou seja, não tirar direitos às pessoas”, porque “temos condições económicas de ter uma lei laboral que ajude as pessoas a ter mais direitos e não a ter menos direitos”, disse.

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