Política
Presidenciais: Seguro apela ao voto da esquerda e diz ser o único que pode ir à segunda volta
O candidato presidencial António José Seguro apelou hoje aos eleitores de esquerda e centro de esquerda para que concentrem os votos na sua candidatura, defendendo ser a única dessa área política em condições de passar à segunda volta.
“O meu apelo é dirigido a todos os eleitores, designadamente eleitores de esquerda e de centro-esquerda, porque há um facto incontornável, se os eleitores de esquerda querem ter alguém na segunda volta das eleições presidenciais, e só passam dois candidatos, então têm que concentrar os votos na candidatura que está em condições de passar à segunda volta”, enfatizou.
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O candidato respondia aos jornalistas no final de uma visita à ABEI – Associação para o Bem Estar Infantil da Freguesia de Vila Franca de Xira, após questionado sobre o apelo feito na véspera pelo líder socialista, José Luís Carneiro, para que os restantes candidatos à esquerda ponderassem a hipótese de desistir para apoiar a candidatura de Seguro.
Seguro considerou que esta é “uma evidência” porque “todas as sondagens dizem” que ele é “o único candidato que está em condições de passar à segunda volta”.
“É um apelo normal, é um apelo natural, e os eleitores fazem depois as suas escolhas”, desdramatizou.
O candidato presidencial apoiado pelo PS considerou ser “desejável, até para o país, que exista um candidato oriundo da esquerda e do centro de esquerda” na segunda volta.
Questionado sobre se já tinha feito algum contacto nesse sentido da desistência com os seus opositores António Filipe, Jorge Pinto e Catarina Martins, apoiados pelo PCP, Livre e BE, respetivamente, Seguro negou: “não, absolutamente não”.
Interrogado sobre se o pretende vir a fazer, o antigo líder do PS afirmou que em si “há sempre coerência” e que se dirige “aos eleitores e aos portugueses” porque é com eles a sua relação.
“Eu ambiciono ser Presidente da República de todos os portugueses, e dirijo-me a todos os eleitores. A minha campanha, nas próximas duas semanas, está organizada de modo que eu possa ter o maior número de contactos com todos os portugueses, aliás é das coisas que eu mais adoro em campanha eleitoral”, disse.
Sobre a possibilidade de vir a fazer este apelo não em público, mas sim em privado, Seguro respondeu que não faz “coisas à porta fechada” porque consigo “é tudo às claras”.
Questionado sobre o esclarecimento da PGR de que o inquérito sobre os ajustes diretos feitos na Marinha se encontra “em fase final de investigação” e que o Gouveia e Melo não é arguido, Seguro limitou-se a repetir o que tinha dito na véspera.
“A lei aplica-se a todos e eu não faço aproveitamento político de processos de investigação. Não digo mais nada”, reiterou.
Questionado sobre se teme que a campanha seja marcada por este tipo de casos, o candidato apelou “para que assim não seja” e para que também não seja “uma campanha enlameada”.
“Pela minha parte, e façam-me essa justiça, tenho mantido uma elevação quer nos debates, quer nos diálogos que se fazem fora desses mesmos debates”, enfatizou.
Na opinião de Seguro, Portugal “precisa de credibilizar a política, as pessoas precisam de voltar a criar relações de confiança com as instituições”.
“E nós estamos a candidatar-nos a Presidentes da República. Temos uma responsabilidade acrescida, e, da minha parte, serão sempre contributos positivos de ideias, de debates e de soluções para resolvermos os problemas do país”, defendeu.
Sobre a visita que decidiu fazer a esta instituição em Vila Franca de Xira, Seguro aproveitou o momento para “expressar a gratidão a todas as mulheres e os homens que em todo o país, nas regiões autónomas, cuidam das pessoas em situação de vulnerabilidade”.
“É um trabalho de 365 dias por ano, não tem descanso, e no momento em que nós nos preparamos para entrar num novo ano, dizer-lhes que o país reconhece com muita gratidão o trabalho que eles fazem em prol das pessoas que mais necessitam de ajuda”, elogiou.
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