Portugal

Presidenciais: Portugal precisa de Presidente diferente, estável e confiável

Notícias de Coimbra com Lusa | 22 horas atrás em 29-05-2025

Imagem: DR

O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo defendeu quinta-feira que o país precisa de um Presidente “diferente, estável e confiável”, “acima de disputas partidárias”, que se faça ouvir “usando da palavra com contenção e propriedade”.

PUBLICIDADE

publicidade

Na apresentação da sua candidatura à Presidência da República, que decorreu na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, completamente lotada, Gouveia e Melo prometeu respeitar os partidos, “pilares fundamentais da democracia, assim como a separação de poderes”, tendo sempre em mente que o Presidente da República “não governa”.

PUBLICIDADE

“Acredito que agora, mais do que nunca, precisamos de um Presidente diferente. Um Presidente capaz de unir, de motivar e dar sentido à esperança, capaz de ser consciência e exemplo, de ajudar a mudar aquilo que há tanto tempo precisa de ser mudado. Um Presidente estável, confiável e atento, acima de disputas partidárias, longe das pressões e fiel ao povo que o elegeu”, considerou.

O antigo Chefe do Estado-Maior da Armada defendeu ainda a ideia de um chefe de Estado “que não seja um mero espetador da vida política, mas que interpele e exija quando necessário, pois representa todo o povo”.

“Que se faça ouvir, usando da palavra com contenção, com substância e com propriedade. Este será, porventura, o seu maior poder”, sublinhou.

Caso os eleitores confiem o seu voto em Gouveia e Melo, o almirante na reserva assegurou que cumprirá “com lealdade as funções que a Constituição” confia ao Chefe de Estado: “defender a independência nacional; garantir o funcionamento das instituições democráticas; ser árbitro e moderador; promover a coesão nacional – que é mais do que território, é pertença, é identidade; e representar Portugal com orgulho e com dignidade”.

Na abertura da sua intervenção, às 20:06, Gouveia e Melo disse ter sentido, “de forma crescente”, um apelo para que avançasse com uma candidatura a Belém: “Apoio espontâneo, genuíno e persistente, que muito me honra e responsabiliza”, disse.

Salientando que “o mundo mudou muito”, o almirante na reserva apontou que se veem “nuvens carregadas de incerteza e de perigo no horizonte”, com a guerra de regresso ao “coração da Europa, destruindo a ilusão de uma paz garantida”, um Ocidente que “vacila, divide-se, perde o rumo” e uns Estados Unidos da América que “já não garantem segurança, lançam incertezas”.

Gouveia e Melo continuou, afirmando que, neste contexto, “a força tenta impor-se à razão”, a “economia global retrai-se e, com ela, esmorece a esperança”, “as democracias são atacadas de fora e corroídas por dentro”, alertando que Portugal “não está imune, nem isolado numa redoma protetora” e “são claros os sinais de cansaço, desânimo e desencanto na jovem democracia”.

“E é por tudo isto que aqui estou. Porque não consegui ficar de braços cruzados. Porque amo este país e sinto que é meu dever agir. Com a mesma entrega com que servi a Marinha, as Forças Armadas e Portugal durante 45 anos, com a mesma coragem com que jurei dar a vida pela Pátria, se necessário, e com o mesmo compromisso com que sempre defendi a liberdade, a Constituição e os interesses de todos os Portugueses”, sustentou, justificando o avanço para a corrida presidencial.

Destacando a sua experiência militar, Gouveia e Melo disse apresentar-se “com a experiência de quem liderou em momentos difíceis”.

“Estive sempre onde o país me chamou: comandei missões exigentes nas Forças Armadas; estive com as populações em Pedrógão, no meio das cinzas e da dor; coordenei, com muitos, a campanha de vacinação contra a covid-19, quando Portugal mais precisava de organização, confiança e liderança”, lembrou o antigo coordenador da ‘task force’ para a vacinação.

Num discurso de cerca de um quarto de hora, Gouveia e Melo foi frequentemente aplaudido pelos presentes, principalmente quando fez referências de cariz nacional, numa sala repleta de pequenas bandeiras de Portugal e outras que diziam “Gouveia e Melo Presidente”, de cor azul escura.

No final do discurso foi entoado o Hino Nacional, e Gouveia e Melo esteve rodeado de jovens no palco que expunha o `slogan´ da campanha: “Unir Portugal”.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE