Política

Presidenciais: António Filipe diz que voto útil é “uma desgraça”

Notícias de Coimbra com Lusa | 49 minutos atrás em 16-12-2025

O candidato presidencial António Filipe alertou hoje que o voto útil “é uma desgraça” e apelou aos cidadãos para votarem “com convicção”, no candidato que querem, nas eleições de 18 de janeiro.

“Esse voto útil é uma desgraça. Foi com votos úteis que se deu uma maioria absoluta a José Sócrates. Foi com votos úteis que se deu uma maioria absoluta a António Costa, com péssimos resultados para o país”, afirmou António Filipe antes de visitar o Hospital Sousa Martins, na cidade da Guarda.

Interpelado pelos jornalistas sobre os apelos de António José Seguro ao voto útil à esquerda, o candidato lembrou que numa eleição a duas voltas, na primeira “vota-se em quem se quer”.

PUBLICIDADE

publicidade

“Na segunda volta, quando muito, vota-se contra aquilo que não se quer. Quem abdicar da primeira volta, a pensar na segunda, está a alienar o seu direito de voto, está a desistir de votar”, considerou.

António Filipe defendeu, por isso, que os eleitores devem votar “em convicção no candidato que querem, que consideram que tem o perfil mais adequado para ser Presidente da República. É esse o sentido de haver uma primeira volta e haver uma segunda volta”.

“Acho que não faz o mínimo sentido estar a prescindir da primeira volta, que é essencial”.

O candidato realçou que “mal vai uma candidatura, quando acha que a única hipótese que tem de ganhar é a desistência das outras. A mim nunca me passaria pela cabeça estar a apelar à desistência de qualquer outro candidato”.

Para António Filipe, “uma candidatura ou vale por si, ou não vale. E a minha candidatura é para valer por si”.

Ao antigo deputado do PCP também disse não estar preocupado com as sondagens, porque serão os eleitores que vão decidir as eleições presidenciais.

“Até se contarem os votos, no dia 18 de janeiro, está zero a zero. Logo se vê quando se abrirem as urnas e se contarem os votos”, afirmou.

Na sua opinião, as sondagens são “exercícios de ficção virtual e, portanto, se estivesse preocupado com as sondagens, estaria desgraçado. Se nos prendemos a cenários virtuais, ignoramos a realidade e eu estou preocupado com a realidade”.

“Há uma campanha eleitoral para fazer, de contacto com as populações. Ainda ninguém votou. As pessoas só vão votar no dia 18 de janeiro, isso é a única coisa que me interessa”, disse.

António Filipe considerou ainda que as sondagens são “uma verdadeira montanha-russa quanto aos resultados”, acrescentando que os únicos válidos são os do dia das eleições.

“Se eu fosse comentar sondagens, tinha que comentar coisas muito diversas, muito díspares, que depois são desmentidas nas eleições. Portanto, não vale a pena. Eu ignoro-as”, assegurou.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE