Economia

Portugueses vão ter menos peixe fresco de águas nacionais

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 18-12-2020

A associação das organizações de produtores da pesca do cerco defendeu hoje que os portugueses vão ter, em 2021, menos pescado fresco proveniente das águas nacionais, em consequência das possibilidades de captura determinadas por Bruxelas.

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“Como consequência direta destas reduções e da aceitação das mesmas, os portugueses vão ter em 2021 menos pescado fresco das nossas águas à sua disposição capturado pela nossa frota, que será naturalmente substituído por pescado vindo de outras águas, capturado por frotas industriais bem mais destruidoras e desrespeitadoras de boas práticas ambientais do que as nossas frotas costeiras”, apontou, em comunicado, a Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP Cerco).

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Para a associação é assim “difícil” encontrar motivos de contentamento para Portugal, decorrentes do último Conselho Europeu das Pescas.

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Na última reunião, o conselho determinou a redução de quotas “em quase todas as espécies importantes para a nossa pesca costeira”, à exceção do carapau (+6%) e do biqueirão (+53% na quota nacional).

A quota da sardinha, por seu turno, continua em aberto, até ao primeiro semestre do próximo ano, tendo em conta que a sua gestão é da responsabilidade de Portugal e de Espanha.

A ANOP Cerco sublinhou que as afirmações de que o país teve “um bom desempenho” e de que foi possível “melhorar as oportunidades de pesca propostas inicialmente” não tranquiliza ou satisfaz o setor.

No documento, a associação lembrou ainda que os últimos dados científicos para esta espécie revelam uma “excecional realidade” em águas ibéricas.

“O nosso receio é que, a prevalecer a atual corrente dominante contra a atividade social e económica da pesca que é também protagonizada pela própria Comissão Europeia, nos arrisquemos a transformar um merecido e justificado otimismo em mais uma grande desilusão para os pescadores nacionais”, lamentaram os produtores.

A ANOP Cerco sublinhou também que 2021 já está a ser condicionado pelas reduções da possibilidade de capturas, depois de um ano “terrível e cheio de adversidades” para o setor.

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