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Portugueses em Macau que estejam sem trabalhar podem considerar “rever família” em Portugal

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 06-02-2020

O cônsul geral de Portugal em Macau e Hong Kong disse hoje à Lusa que os portugueses nestes dois territórios que não estejam a trabalhar, devido ao surto do novo coronavírus, podem considerar rever a família em Portugal.

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“Aqueles que presentemente não estão envolvidos numa atividade profissional contínua poderão ponderar deslocar-se até Portugal para rever família e amigos”, escreveu Paulo Cunha-Alves, num e-mail enviado à Lusa.

O diplomata pediu ainda à comunidade portuguesa “que mantenha a calma e a serenidade e que procure seguir com clareza os conselhos e as orientações das autoridades locais, nomeadamente das autoridades de saúde, evitando assim os riscos de contágio”.

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Na mesma nota, Paulo Cunha-Alves reforçou que “devem ser evitados quaisquer locais de forte afluência de público, devendo ficar em casa nos próximos dias todos aqueles que estejam dispensados do trabalho pelas autoridades e pelos empregadores”.

“A comunidade portuguesa está a reagir de modo calmo” e está a respeitar “as orientações e os conselhos das autoridades”, considerou.

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Paulo Cunha-Alves acrescentou que o consulado tem recebido “alguns pedidos de informação e de esclarecimento”, na maioria dos casos, “relacionados com documentação de viagem e alguns pedidos de aconselhamento sobre a postura a tomar perante a crise de saúde atual”.

O Consulado geral de Portugal em Macau e Hong Kong pode ser contactado pelo telefone 00 853 2835 6660, pelo email macau@mne.pt ou através de mensagem na respetiva página da rede social Facebook.

Apesar do encerramento dos serviços consulares, foi criado um piquete de atendimento para dar resposta aos casos mais urgentes.

O Consulado geral de Portugal estima que existem 170 mil portadores de passaporte português entre os residentes em Macau e em Hong Kong. Destes, apenas cerca de seis ou sete mil serão expatriados.

Na terça-feira, dia em que foi anunciado o décimo caso de infeção em Macau e o fecho dos casinos durante duas semanas, o chefe do Governo de Macau determinou também o encerramento de cinemas, teatros, parques de diversão em recintos fechados, salas de máquinas de diversão e jogos de vídeo, cibercafés, salas de jogos de bilhar e de ‘bowling’, estabelecimentos de saunas e massagens, salões de beleza, ginásios de musculação, estabelecimentos de ‘health club’ e ‘karaoke’, ‘night clubs’, discotecas, salas de dança e ‘cabaret’”.

A frequência dos transportes públicos foi novamente reduzida e todos os parques públicos foram encerrados, à semelhança do que acontece já com os serviços públicos, escolas e espaços desportivos e culturais.

A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica terça-feira.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

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