Coimbra

Portugueses e Ingleses voltam a vencer Franceses

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 28-09-2015

Dia 27 de setembro de 1810. No topo da serra do Bussaco, as forças portuguesas e inglesas, sob o comando do general Arthur Wellesley, duque de Wellington, aguardavam o ataque das tropas francesas, lideradas por Massena.

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O exército napoleónico, em maior número, subia a encosta da serra e procurava, a todo o custo, ganhar posição. Wellington sabia que o exército de Massena teria de ser travado ali e sabia ainda que tinha um contingente reduzido. Esperou, pacientemente, até o inimigo estar muito perto, e atacou. As tropas luso-britânicas, com o apoio do povo, conseguiram travar o exército francês e gritaram “Vitória”!

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Ontem, também foi assim nas Portas de Sula. O rigor dos recriadores, o som dos canhões e dos mosquetes e o cheiro a pólvora transportaram o público presente para o dia 27 de setembro de 1810.

“Fogo à peça”, ouvia-se, seguido do estrondo ensurdecedor do canhão a disparar. Tudo parecia real. A diferença é que não eram 110 mil combatentes, eram 150 recriadores, não houve mortos e feridos, e o povo não participou da batalha, foi sim convidado a assistir e a aplaudir. “Fazemos uma investigação profunda, o rigor histórico é essencial”, explicou o presidente da Associação Napoleónica Portuguesa, o coronel Faria e Silva, acrescentando: “fazemos isto por gosto, é uma homenagem que fazemos aos nossos combatentes”.

“Hoje estamos aqui a recordar a nossa história, a homenagear os nossos combatentes”, concordou o presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro, que ontem falou em nome dos seus congéneres de Penacova e Mortágua, uma vez que todo o programa das comemorações dos 205 anos da Batalha do Bussaco foi organizado pelos três municípios e pela Fundação Mata do Buçaco. “

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“Tivemos sorte com o dia magnífico, com todo este sol, mas ficou provado que as pessoas aderem a estas iniciativas. A recriação histórica foi um sucesso e é para continuar”, garantiu o presidente da Câmara da Mealhada

As habituais cerimónias militares e protocolares do Exército Português aconteceram antes da recriação, logo de manhã, pelas 9h. As cerimónias foram presididas pelo vice-chefe de Estado-maior do Exército, o tenente-general
Pereira Agostinho.   As cerimónias contaram com a presença especial da Embaixadora do Reino Unido em Portugal, Kirsty Hayes.

Um dia antes, no sábado, 26 de setembro, a vila do Luso foi o palco das iniciativas do programa de comemorações dos 205 anos da Batalha do Bussaco.

Uma multidão rumou à vila termal para assistir ao desfile das tropas, ao combate noturno e ao concerto da Orquestra Ligeira do Exército.

Os estrondosos tiros de canhão, os disparos de espingarda, o fumo e o inconfundível cheiro a pólvora seca deixaram antever o que aconteceu no dia seguinte, nas Portas de Sula. Foi uma pequena demonstração da batalha, que recebeu os maiores aplausos do público presente.

Depois do aperitivo servido, as comemorações prosseguiram com um concerto da Orquestra Ligeira do Exército na Alameda do Casino, que pareceu ser um espaço pequeno demais para a multidão presente.

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