Um episódio insólito ocorrido no norte de Inglaterra, no condado de Northumberland, deixou moradores em choque e acendeu um debate que já atravessa fronteiras. Em pleno mês de julho, uma residente pediu ajuda após ouvir ruídos estranhos vindos das paredes e do teto da sua casa.
O que parecia ser apenas uma infestação comum revelou-se um susto arrepiante: técnicos de controlo de pragas encontraram uma ratazana com cerca de 56 centímetros de comprimento, comparável ao tamanho de um gato pequeno.
Segundo o HuffPost, até os profissionais mais experientes admitiram nunca ter visto um exemplar tão grande no Reino Unido, descrevendo o momento como “chocante” e “inédito”.
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O caso, apesar de isolado, reflete um problema mais amplo: a população de roedores nas áreas residenciais britânicas está a aumentar, alimentada por invernos cada vez mais amenos e pelo excesso de lixo urbano. Autoridades locais confirmam a tendência e alertam que os roedores já não se limitam a ruelas e contentores, começando a invadir interiores de habitações.
“Quanto mais se ignorar isto, pior será”, avisaram os vereadores David Taylor e Stephen Martin, da localidade de Normanby, exigindo medidas urgentes do Governo britânico para travar o avanço da praga.
Além do risco para a saúde pública — com doenças como a leptospirose —, as ratazanas podem causar danos materiais sérios, roendo cabos elétricos, canalizações e até estruturas de madeira, comprometendo a segurança das casas.
A preocupação já atravessou o Canal da Mancha. Em Espanha, a captura de um coipú — roedor de grandes dimensões oriundo da América do Sul — em Cabral, na Galiza, voltou a levantar receios sobre a propagação de espécies invasoras na Península Ibérica.
Segundo o Faro de Vigo, o animal terá chegado através de França e representa uma ameaça grave para ecossistemas aquáticos, destruindo vegetação ribeirinha, afetando espécies nativas e até aumentando o risco de erosão das margens dos rios.
Com condições ambientais favoráveis, especialistas não descartam a possibilidade de estas espécies se expandirem para Portugal. A proliferação silenciosa mas implacável de roedores gigantes coloca não só a questão da saúde pública, mas também uma ameaça ambiental de larga escala.
O caso da ratazana britânica e do coipú galego são mais do que curiosidades insólitas: são alertas sérios de que a Europa está vulnerável perante o crescimento de pragas urbanas e espécies invasoras.
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