Portugal
Portugal perde meio aéreo de combate a incêndios. Só resta um operacional

Imagem: Cantinho do bombeiro/ Facebook
Uma avaria grave num dos aviões Canadair – fundamentais no combate a grandes incêndios florestais – deixou Portugal, esta quinta-feira, 31 de julho, com apenas uma aeronave pesada deste tipo operacional.
O incidente ocorreu durante uma operação de abastecimento de água no rio Douro, em Entre-os-Rios (Penafiel), e provocou danos estruturais graves, forçando a retirada imediata do aparelho da linha ativa por tempo indeterminado.
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Com este revés, são já quatro os meios aéreos inoperacionais no país, numa altura crítica da época de fogos. Além do Canadair agora fora de serviço, três helicópteros estão também parados: um em Arcos de Valdevez por falta de piloto, outro do mesmo centro sinistrado na quarta-feira, e um helicóptero da frota do Estado, inativo devido a uma falha grave de motor.
De um total de 73 meios aéreos contratados para este verão – 24 aviões e 49 helicópteros –, apenas 69 estão efetivamente operacionais. E as falhas não se ficam por aqui: segundo fontes envolvidas no processo, três helicópteros que estavam previstos para operar no Alentejo não chegarão este verão.
A Força Aérea, responsável pela contratação pública destes meios, sublinha que, apesar das dificuldades, 2025 representa o ano com o maior número de aeronaves contratadas de sempre para combate aos incêndios. “A contratação pública está sempre sujeita à resposta do mercado”, nota o ramo das Forças Armadas, admitindo, porém, que algumas penalizações contratuais estão já a ser aplicadas às empresas privadas gestoras dos meios em falta, pode ler-se no Correio da Manhã.
O incidente com o Canadair e a incapacidade de garantir a totalidade do dispositivo aéreo numa fase crítica do verão colocam sob pressão os planos de combate aos incêndios rurais em Portugal. A capacidade de resposta pode ficar comprometida caso surjam simultaneamente vários grandes incêndios, como tem acontecido em anos anteriores.
A Proteção Civil continua a monitorizar a situação, numa altura em que as previsões meteorológicas indicam subida das temperaturas e risco muito elevado de incêndio em várias regiões do país.
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