Política

Portugal já retirou portugueses do Irão e tem em curso operação de repatriamento em Israel 

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 hora atrás em 16-06-2025

Portugal já retirou portugueses do Irão e está em curso uma operação de repatriamento em Israel, para responder aos 130 pedidos de repatriamento registados até ao momento, disse hoje o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

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A situação “mais complexa” era a do Irão, sublinhou Paulo Rangel. “Já saíram ontem [domingo], por nossa mão, por terra, quatro portugueses para o Azerbaijão. Entretanto já tinha saído um pela Turquia, ainda três expatriados que estão, mas que têm meios próprios para regressar”, detalhou.

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“Depois, a segunda mais complexa é obviamente a dos cidadãos que estão em Israel. Tivermos 130 pedidos de repatriamento, uma parte muito importante de cidadãos que estavam em trânsito ou que estão a fazer turismo, ou que estavam em trabalho e que obviamente ficaram sem aviões”, adiantou o ministro.

Em conferência de imprensa, Rangel afirmou que “já começou uma operação para os trazer para Portugal”, admitindo “riscos maiores” porque “implica deslocações rodoviárias grandes”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros indicou que no Irão “há muito pouca gente”, não mais do que uma dezena e que, tal como “alguns milhares” que residem em Israel, “para já não querem sair”.

“Todos os que pediram ajuda à embaixada portuguesa pelos meios consulares normais foram considerados nesta lista. (…) A nossa diplomacia esteve muito ativa neste fim de semana. (…) São operações que estão a correr melhor do que o previsto”, garantiu o governante.

Paulo Rangel aproveitou para lembrar que “o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a recomendar desde 07 de outubro de 2023 (…) para que as pessoas não viajem para estas zonas”.

“E isto é repetido, há sempre avisos. Infelizmente, muitos portugueses, enfim, não têm em atenção estes avisos. Claro que há casos (…) em que não há outra possibilidade, por razões familiares”, exemplificou, apelando a que as pessoas se registem junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Sobre o grupo de 37 portugueses retido na Jordânia, Rangel assegurou que o ministério tem acompanhado o caso desde o início, mas que a situação não tem a mesma urgência, quando comparada com a de outros portugueses no Irão e em Israel, até porque “o espaço aéreo está aberto” e porque “está feito percurso pela própria agência de viagens”, sendo estimado o seu regresso na quarta-feira.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis contra Israel.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

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