Saúde

Portugal já registou mais de 30 focos de gripe aviária de alta patogenicidade

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 12-10-2022

O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários alertou hoje que Portugal já registou mais de 30 focos de gripe aviária de alta patogenicidade desde o ano passado e sublinhou o “papel primordial” destes profissionais na defesa da saúde pública.

Jorge Cid, que falava na comissão parlamentar de Saúde, frisou a importância do conceito “one health” (uma só saúde), envolvendo a saúde humana, a saúde animal e o ambiente, e a necessidade de os veterinários “estarem cada vez mais integrados neste conceito”.

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Na audição na comissão de Saúde, onde hoje foram ouvidas diversas ordens profissionais do setor, Jorge Cid destacou a abrangência e importância dos médicos veterinários, considerando que “têm um papel primordial na defesa de saúde pública”.

A este respeito, lembrou a pandemia de gripe aviária – “a maior de sempre e que já atingiu 37 países” -, sublinhando que Portugal já identificou desde o ano passado mais de 30 focos de gripe aviária de alta patogenicidade do subtipo H5N1 em aves domésticas e selvagens.

O responsável lembrou que 60% das infeções em humanos são zoonóticas, que 75% das doenças emergentes são de origem animal e que, em cada cinco novas doenças, três são de origem animal.

Jorge Cid adiantou ainda que “80% dos agentes patogénicos usados em terrorismo tem origem em animais”, para sublinhar a importância de integrar cada vez mais os médicos veterinários nos grupos de trabalho na área da saúde e nas decisões na área da saúde pública, criando condições para que estes profissionais se fixem em Portugal.

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Segundo dados da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), desde 30 de novembro de 2021 têm sido confirmados pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (laboratório nacional de referência para as doenças dos animais) vários focos de infeção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade do subtipo H5N1 em aves domésticas e selvagens.

Até ao dia 30 de setembro a DGAV registou 321 focos, afetando mais de meio milhão de aves.

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