A cerimónia fúnebre da radialista e apresentadora de televisão Olga Cardoso, que morreu aos 91 anos, vai acontecer na Igreja da Lapa, no Porto, na quinta-feira, disse hoje à Lusa o produtor cultural Daniel Martins.
De acordo com Daniel Martins, o velório vai ter lugar na capela do Centro Funerário da Lapa a partir das 10:00 de quinta-feira, seguindo-se o funeral às 15:00 e, depois, a cremação.
A missa de 7.º dia vai realizar-se no dia 09 de dezembro às 19:00, também na Igreja da Lapa.
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De acordo com a mesma fonte, Olga Cardoso morreu no Hospital de Santo António, no Porto, na noite de terça-feira, e não já hoje, como inicialmente foi avançado.
As reações à morte de Olga Cardoso têm-se multiplicado e incluem o Presidente da República, que, numa nota no ‘site’ da Presidência, evocou a radialista que “deixou um traço de simpatia e amizade em muitos milhares de ouvintes de uma das principais estações de rádio portuguesas”.
Também a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, lamentou a perda de “uma talentosa e carismática comunicadora que o país se habituou a ouvir na rádio, antes de se afirmar na televisão”.
A notícia da morte da “Amiga Olga” foi partilhada hoje de manhã pelo também radialista e apresentador António Sala, seu antigo parceiro de programa, nas redes sociais.
“Tenho o coração partido. A Olga já não está fisicamente entre nós. […] Querida Olga, obrigado por tudo. Pela amizade, pelo companheirismo, pela ternura, pelos momentos inesquecíveis, pela tua gargalhada única, que nunca irá desaparecer dos nossos ouvidos e do coração de quantos acordaram com a tua voz jovial ao longo de milhares de manhãs”, escreveu Sala, na sua conta oficial de Facebook.
Nascida em 1934, em Miragaia, no Porto, foi convidada para as Oficinas de Rádio, Som, Eletricidade e Cinema aos 15 anos, tendo então passado “a dar a sua voz em novelas radiofónicas, um tipo de programas muito populares na época, que deixavam as pessoas agarradas aos aparelhos de rádio”, como se lê na entrada da Infopédia.
Olga Cardoso entra na Rádio Renascença em 1964 e destaca-se nas décadas seguintes, em particular com o programa “Despertar”, que fez precisamente com António Sala, ao longo de 17 anos, segundo a mesma enciclopédia ‘online’.
Em 1993 protagonizou o programa da TVI “A Amiga Olga”, no ano de nascimento daquela estação televisiva.
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