Há cerca de duas semanas que um dos principais portões da prisão de Alcoentre, considerada uma cadeia de elevada segurança, permanece aberto devido a uma avaria ainda por resolver.
A situação está a preocupar os guardas prisionais, que denunciam uma “falha grave de segurança” e já avançaram com um pré-aviso de greve ao trabalho suplementar.
O Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP) alerta que a avaria obriga a um reforço de efetivos na entrada do estabelecimento, para garantir o controlo de todas as pessoas que ali circulam. “O portão avariado complica a vigilância e aumenta o risco, até porque o armeiro da prisão está localizado próximo da entrada”, sublinha Frederico Morais, presidente do sindicato, ao Correio da Manhã.
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A Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) confirma a avaria, mas garante que a entrada afetada dá apenas acesso à quinta da prisão e não compromete diretamente a zona de detenção. “A segurança dos reclusos não está em causa”, assegura fonte oficial da DGSP, explicando que existem dois portões a servir aquela entrada e que já estão em curso diligências para a reparação.
Ainda assim, o sindicato decidiu avançar com uma forma de protesto. A greve ao trabalho suplementar arranca em meados de maio e poderá prolongar-se até ao final do ano, num contexto em que os guardas se queixam também de não estarem a ser devidamente compensados pelo esforço adicional.
Com instalações que remontam a 1944, a prisão de Alcoentre acolhe, maioritariamente, reclusos a cumprir penas superiores a três anos. A atual situação reabre o debate sobre a necessidade urgente de investimentos na modernização e segurança dos estabelecimentos prisionais portugueses.
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