Temos as adegas pejadas de vinho, estamos a importar quantidades absurdas de vinho e metê-lo no bag in box com indicação vinho UE quando, nem código de barras está abalizado.
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Nome de marca sugestiva que remete para o imaginário rural de Portugal, empresas que operam com marcas certificadas e é tudo vinho de origem na União Europeia, produzido por empresas portuguesas. Não é vinho de origem portuguesa
Haverá conformidade legal, mas ver marcas conceituadas embarcadas neste torna viagem rodoviário pespega-se gosma. E deixo de beber essas marcas. Siga, que estou para emborcar.
Felizes com as tarifas, lá vão as grandes tecnológicas continuar desreguladas e a censurar sem princípios nem moderação, como o Facebook fez a este Jornal.
Já meio grosso vejo em letra de forma novas alterações ao Código do Trabalho, flexibilizar despedimentos e aumentar o número de horas de trabalho. E, claro, como parimos muito e somos jovens, reduzir direitos parentais. Podiam, por bondade, olhar ao Tribunal de Justiça da União Europeia que multou a Espanha, 6,8 milhões de euros, por não transpor completamente a diretiva sobre conciliação vida familiar-profissional. Espanha deve ainda pagar 19.700 euros diários até corrigir o incumprimento relacionado com o pagamento das duas últimas semanas da licença parental.
O barato sai caro, mas afinal, a competitividade depende apenas do despede aqui, subcontrata ali, o cabaret está aberto, e tem bacanal regado a vinho.
Mais um copo que tenho os parágrafos desalinhados. Flexível e a trabalhar muito tanto, o acordo fixa tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos europeus exportados para os EUA; vamos comprar 750 mil milhões de dólares em energia americana e a investir na américa 600 mil milhões.
Um acordo para evitar o pior. Porra se isto é o pior, têm razão os gajos do vinho embalado e importado. Os da cisterna. A anarquia vinícola no seu esplendor. São 15 dias e pagamos já as tarifas. São dois mil milhões de euros, um excedente encaixado no calendário, o IRC a encher os cofres públicos e prazo de pagamento mais apertado. Lógica de merceeiro. Quinze dias e o negativo positivisa-se.
E ainda temos que pagar a saúde dos nossos velhos, e bem hajam imigrantes que pagam contribuição social. A malta gold está tudo bem, não paga saúde, descontos nos impostos e gozem-se. Já não temos Ciência e Tecnologia, mas já estamos a cortar nas gorduras. Nem tudo é mau. Mas o vinho, esse não se salva.
OPINIÃO | AMADEU ARAÚJO – JORNALISTA
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