O incêndio na serra do Alvão, Vila Real, tem duas frentes a arder com pouca intensidade, disse o comandante das operações que adiantou que hoje foi detido um popular pela GNR durante as operações de combate.
O comandante Sub-regional do Médio Tejo, David Lobato, explicou que o popular foi detido por, ao que se pressupõe, estar a tentar fazer um contrafogo, mas advertiu que esta situação será, agora, investigada pela GNR.
PUBLICIDADE
O responsável apelou a que os “incêndios não se combatem dessa forma”.
“Eu percebo que as pessoas têm aqui algum desespero, mas isso só vai alimentar mais o incêndio, vai-nos provocar ainda mais problemas”, afirmou o comandante em declarações aos jornalistas.
Acrescentou ainda que, ao “acharem que com o contrafogo conseguem resolver, a maior parte das vezes não vão conseguir resolver e vão causar mais problemas e colocar os operacionais em risco”.
“Pedia que não utilizassem o fogo, é proibido, legalmente não pode ser feito, a não ser por pessoas especializadas. Portanto, pedia encarecidamente que não o fizessem, porque vão-nos colocar [em causa] o trabalho todo que fizemos durante a noite e vão colocar também os operacionais em risco nas zonas que nós não controlamos”, apelou.
O incêndio que lavra na serra do Alvão deflagrou a 02 de agosto, em Sirarelhos, no concelho de Vila Real, já esteve em conclusão, reativou por duas vezes e já percorreu quase três dezenas de aldeias até chegar à zona da Samardã. Durante o dia de terça-feira aproximou-se de aldeias como Testeira, Paredes e Benagouro.
Esta manhã, de acordo com David Lobato, o fogo mantém-se ativo, com duas frentes a arder com pouca intensidade e com os “trabalhos a decorrerem muito, muito favoravelmente”.
O comandante disse que um helicóptero pesado vai ajudar no combate e na consolidação do incêndio.
A noite foi, segundo David Lobato, de muito trabalho, adiantando que também o dia de hoje será também de “muito trabalho”.
O fogo desenvolve-se em área de mato e pinhal em zona de montanha, muito escarpada, com acessos muito complicados para os operacionais.
“Muita manobra teve que ser feita apeada, muito combate apeado, também muito combate tivemos que fazer com veículos ligeiros de combate, os veículos pesados não conseguem ter acesso a certas zonas e, portanto, foi isto que nos levou a este trabalho muito minucioso que temos estado a fazer”, frisou.
Esta manhã estão no terreno 101 veículos e 320 operacionais.
PUBLICIDADE