Coimbra

Ponte de Trémoa fica pronta hoje mas só vai servir para peões (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 19-11-2021

O Exército já está em Trémoa desde o início da manhã desta sexta-feira e vai deixar a ponte pedonal, que liga Coimbra e Miranda do Corvo, pronta hoje. São 10 militares e três veículos pesados que estão a construir a estrutura sobre o rio Dueça, depois de o mau tempo, no final de outubro, ter destruído a passagem existente. Mas a população diz que esta não é uma verdadeira alternativa já que não suporta a circulação rodoviária.

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O Notícias de Coimbra acompanhou os trabalhos no local e apurou que a estrutura vai ficar instalada até à hora do almoço. Da parte da tarde, vão ser feitos trabalhos para garantir os acessos de peões aos extremos da ponte. A passagem de configuração “Treadway” tem um trilho com 1,5 metros de largura e destina-se exclusivamente a peões, conta ainda com proteções laterais e cordas para que quem passa se possa segurar, explicou ao NDC uma fonte do Exército.

“Devia ser uma alternativa à ponte rodoviária que estava ali”, diz Fernando Carvalho. “Estão a fazer uma despesa brutal e não é alternativa para os carros”, acrescenta o morador, explicando que a população “está muito mais ligada a Miranda do que a Coimbra”.

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Os trabalhos da ponte rodoviária que está a ser (re) construída no local só ficarão prontos dentro de alguns meses. Como alternativa, tinha sido feito um “aterro” que funcionava como ponte, para carros e peões, mas a “enxurrada” do último fim de semana de outubro levou as terras.

Para encontrar uma solução, as câmaras municipais de Coimbra e Miranda do Corvo uniram-se e pediram a intervenção militar. A instalação está a ser executada pelo Regimento de Engenharia nº1 de Tancos, do Exército Português. A Companhia de Pontes já montou no país mais três estruturas, uma das quais no concelho de Montemor-o-Velho, e as outras em Torres Vedras e Chamusca.

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Uma das maiores queixas da população relacionava-se com o facto de a paragem para os transportes públicos estar do lado de Miranda do Corvo e, sem um acesso, quem está do lado de Coimbra não pode recorrer a estes serviços. A partir de hoje vão poder voltar a fazê-lo, mas os moradores esperavam mais. “Com este aparato todo punham aquilo com um metro mais de largo”, comenta o habitante de Trémoa, sustentando que “faz muita falta a circulação de carros”.

Fonte do Exército explicou ao NDC que não havia condições, nem de espaço nem de tempo, para se fazer naquele local uma ponte rodoviária que requer uma largura entre 3 metros e 4,5 metros. Para tal, seria necessário garantir a instalação a uma altura que não inundasse com a subida do nível das águas e também uma largura suficiente para assegurar a passagem de viaturas, o que logisticamente não é viável, já que implicaria expropriações e outros trabalhos morosos.

Apesar de esta não ser a solução ideal “já vem ajudar muito”, diz Fernando Carvalho, confirmando que as populações do lado de Coimbra “usam os transportes públicos que apanham em Miranda do Corvo”.

Veja o Exército a instalar a ponte:

Conheça a opinião de Fernando Carvalho, morador em Trémoa:

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