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Polícia internacional apreende em África mais de 12 milhões de produtos ilícitos

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 02-03-2022

Uma operação policial em África levou à apreensão de mais de 12 milhões de produtos farmacêuticos ilícitos e identificou “centenas” de suspeitos ligados ao crime, revelou hoje a Interpol.

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A Operação Flash-IPPA (‘Illicit Pharmaceutical Products in Africa’), coordenada pelas agências de cooperação policial Afripol e Interpol, reuniu agências de controlo de drogas e de aplicação da lei de 20 países africanos para desmantelar estas redes regionais de crime organizado farmacêutico.

Foram efetuados controlos em estradas, mercados de rua, farmácias, armazéns e locais suspeitos de produzir, armazenar ou distribuir produtos farmacêuticos contrafeitos.

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Entre os produtos apreendidos constam dois milhões de comprimidos anticonvulsivos, 300.000 comprimidos para tratamento de epilepsia, 1.600 testes rápidos de covid-19 e 208.000 máscaras.

A maioria dos medicamentos apreendidos são antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos e medicamentos utilizados para tratar disfunções erécteis, reumatismo e epilepsia.

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A Interpol advertiu que a crise relacionada com a pandemia de covid-19 aumentou o comércio de produtos farmacêuticos contrafeitos.

As operações na África Ocidental revelaram a utilização de certificados de vacinação anti-covid-19 contrafeitos, atestando a vacinação em vários países, já na África Oriental foi descoberta a distribuição e venda ilegal não regulamentada de vacinas genuínas anti-covid-19.

No Benim, foram intercetadas mais de 27 toneladas de medicamentos contrafeitos durante uma rusga, que levou a uma série de investigações regionais e globais.

Na Líbia, foram apreendidos mais de 11,5 milhões de analgésicos e comprimidos para tratamento de epilepsia infantil; e no Níger foram apreendidos 300.000 comprimidos para o tratamento da mesma doença.

Cocaína, cannabis, khat, metanfetaminas, alimentos contrafeitos, óleos, bebidas, cigarros e acessórios para bebés também foram apreendidos durante a operação.

A operação prolongou-se por dois meses, terminou em dezembro, e está agora a desencadear investigações relacionadas em todos os continentes sobre grupos de crime farmacêutico organizado que operam em África.

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