Opinião

“Podia ouvir a minha opinião”

Opinião | Amadeu Araújo | Amadeu Araújo | 2 semanas atrás em 08-03-2025

O povo que trabalha está farto das infantilidades dos políticos, entretidos nos salões das alcatifas e veludos, a fumar charuto e a olhar a coxa da secretária, ou o pescoço do segurança, para sermos coerentes com os tempos, coxos de modernos.

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“Podia ouvir a minha opinião”, lamentou-se o pior presidente da Democracia portuguesa. Parece o clube, avião acima, avião a baico, o mundo a mudar e nós a jogar golfe.

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Os políticos que nos servem perderam o decoro. Que caminhos se desenham por estas ruas? Mais eleições, mais desmancha e faz, sem ponto de partida nem porta de saída.

Nisto topamos a máquina partidárias com as estruturas distritais do PPD com laudas à economia, oposição a “um feroz ataque à idoneidade do Primeiro-Ministro de Portugal”.

Triste. Terão uma ideia, do que se está a passar? Perceções, até reles palavra importámos para explicar o inexplicável. Um partido que não gosta do escrutínio, nem político, nem dos jornalistas.

Faltam esclarecimentos, há detalhes omitidos, património em várias contas bancárias para evitar declarações obrigatórias, compra de imóveis de alto valor sem explicação completa da origem dos fundos e, agora, pedem, exigem que não haja Comissão Parlamentar de Inquérito, para fazer o favor de continuar a governar. E a privatizar. E a entregar aos amigos.

Mas desde quando não se pode escrutinar um governo à exaustão? São as necessidades mais emergentes da democracia.

Lugares de histórias cruzadas, e eu, atento ao Observatório Europeu dos Centros das Cidades que olhou aos festivais, “fator-chave para a atratividade”.

Além de políticos, precisamos de um linguajar novo.

A estratégica nos grandes eventos como motor de dinamização do centro urbano, impulsionando o turismo, a economia local e a projeção internacional da cidade de Coimbra. E o básico por fazer, e felizes com 306 eventos nos últimos dois anos, um a cada dois dias para aldrabar as minhas contas.

Falta essa auscultação ao público sobre formas dos espaços públicos servirem a comunidade. E nós, distraídos, enquanto regressam mais parcerias público-privadas. Ou custos públicos e lucros privados.

São as experiências surpresa, anotem esta senhores dos eventos, que nos condicionam e impedem que a abertura de novas, e desconhecidas, portas nos deixem também voltar ao programa antes que o mundo seja subjugado pelas autocracias. Nada disto lhes importa.

Comezinho. Poucochinho. Um insulto à nossa inteligência.

OPINIÃO | AMADEU ARAÚJO – JORNALISTA

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