O estado do tempo em Portugal continental na terça-feira, 16 de dezembro, será marcado por uma mudança gradual nas condições atmosféricas, com a precipitação a diminuir progressivamente, mas com um agravamento significativo do vento, sobretudo no litoral.
Uma massa de ar frio polar marítimo está a afetar o país, provocando uma descida generalizada das temperaturas e criando condições para queda de neve nas terras altas, acima dos 1000 a 1200 metros de altitude, com possibilidade de acumulação nas montanhas mais elevadas.
A principal atenção estará centrada na intensidade do vento, que soprará de Norte, moderado a forte, mas temporariamente muito forte no litoral, sobretudo a sul do Cabo Mondego. Estão previstos ventos médios entre 50 e 65 km/h, com rajadas que poderão atingir 90 a 100 km/h, especialmente entre o final da manhã e o final da tarde, segundo as previsões da Luso Meteo.
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Esta situação, aliada à presença de alguma instabilidade convectiva e cisalhamento do vento (wind-shear), poderá favorecer o desenvolvimento de fenómenos localizados, como downbursts e, de forma muito pontual, tornados. Embora sejam fenómenos difíceis de prever em termos de localização, os modelos indicam que, caso ocorram, será no litoral Centro e Sul.
No restante território, o vento deverá soprar moderado, entre 20 e 30 km/h, sendo mais intenso nas terras altas, onde as rajadas podem atingir 70 km/h.
Apesar da tendência para redução da precipitação, esperam-se aguaceiros frequentes no litoral, por vezes fortes, com possibilidade de trovoada e granizo, sobretudo no litoral Centro. No Interior, os aguaceiros serão mais dispersos, com maior probabilidade no Interior Sul durante a tarde.
Ao longo do dia, o céu apresentar-se-á muito nublado, com abertas mais frequentes no Interior. No final da tarde, o céu poderá tornar-se gradualmente pouco nublado em grande parte do território.
As temperaturas mínimas deverão variar entre 3 e 8 ºC, sendo um pouco mais elevadas no litoral a sul do Cabo Mondego. As máximas oscilarão entre 8 e 15 ºC.
A semana continuará marcada por tempo muito variável, com o anticiclone a aproximar-se novamente, enquanto o núcleo da depressão se desloca para leste, em direção ao Mediterrâneo. Esta evolução poderá voltar a agravar as condições atmosféricas no leste de Espanha, já afetado por episódios de chuva intensa.
Para já, a incerteza mantém-se quanto à evolução para o período natalício: ou um reforço do anticiclone, trazendo tempo mais estável e ameno, ou um corredor de depressões atlânticas, com mais chuva e frio. Até lá, resta acompanhar a evolução dia após dia.
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