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Plataforma Mondego Vivo descobre falhas em estudo para a construção da mini-hídrica

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 29-04-2014

 A Plataforma Mondego Vivo disse hoje que a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) da construção da mini-hídrica do Rio Mondego, em Penacova, no distrito de Coimbra, não analisou infraestruturas existentes e projetos em curso, que seriam afetados.

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Em declarações à agência Lusa, Paulo Silva, do movimento, referiu que “as mais importantes infraestruturas situadas em Penacova e Poiares não foram identificadas”, apesar no documento desaconselhar a construção do sistema de Aproveitamento Hidroelétrico de Penacova e Poiares.

“Caso a mini-hídrica avançasse, ficaria impossibilitado o projeto de uma praia fluvial e de um parque de campismo junto ao açude do Louredo, em Vila Nova de Poiares, que custou 350 mil euros, financiado por fundos comunitários há cerca de 10 anos”, exemplificou.

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Paulo Silva refere ainda que a Praia Fluvial de Torres do Mondego, que ostenta a bandeira azul, ficaria a menos de cinco quilómetros da infraestrutura e iria sofrer prejuízos ao nível da qualidade e da temperatura da água”.

A Plataforma Mondego Vivo focou ainda o projeto da Universidade de Évora para intervir nos açudes existentes entre Coimbra e Penacova, no sentido de permitir a subida de peixes, orçado em cerca de um milhão de euros, comparticipados também por fundos comunitários.

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Segundo Paulo Silva, vários destes açudes ficariam submersos com a construção da mini-hídrica, salientando que “a AIA devia prever o ‘afundamento’ do investimento”.

Por outro lado, adiantou, duas captações de água e uma estação elevatória teriam de ser deslocalizadas pelos municípios de Penacova e Poiares, por ficarem submersas ou “em zona de risco”, num investimento que não foi calculado na avaliação efetuada.

Durante o dia de hoje, que coincide com o fim do prazo da fase de discussão pública da AIA, a Plataforma Mondego Vivo enviou para o Ministério do ambiente um documento com 10 pareceres de diversas entidades, entre elas as autarquias de Coimbra, Penacova e Poiares, a mencionar as lacunas encontradas no estudo.

A AIA desaconselha a construção da mini-hídrica por considerar “o projeto gera sobre a economia impactes negativos não minimizáveis e irreversíveis, classificados como Muito Significativos, resultando especialmente na inviabilização das descidas de rio em ‘kayak’ e da eliminação de cerca de 35 postos de trabalho diretos e afetando ainda outras atividades conexas, sobretudo na área da restauração e alojamento”.

O estudo refere ainda que aquela infraestrutura iria contribuir também “para o comprometimento das estratégias de desenvolvimento local e territorial muito ligadas ao aproveitamento do potencial turístico do Rio Mondego”.

A Plataforma Mondego Vivo integra a Câmara de Penacova, juntas de freguesia, a Confraria da Lampreia, empresas de animação turística, restaurantes, coletividades e associações ambientais.

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