O Plano de Pormenor da futura estação intermodal de Coimbra deverá entrar em discussão pública em julho, afirmou a vereadora da Câmara Municipal com o pelouro do urbanismo.
O Plano de Pormenor, cujo desenho urbanístico é da responsabilidade do arquiteto catalão Joan Busquets, incide sobre toda a zona envolvente da futura estação intermodal (no lugar da estação de Coimbra-B) e que se estende até Coimbra-A (na Baixa), tendo começado a ser pensado assim que o projeto da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto arrancou.
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A equipa responsável por aquele projeto está a “ultimar toda a documentação” para o processo entrar “em conferência procedimental, através da CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional]”, e, de seguida, ser aberta a discussão pública, disse à agência Lusa a vereadora Ana Bastos.
A discussão pública terá uma duração de 30 dias, ficando ainda por decidir se o Plano de Pormenor será ainda aprovado neste mandato ou no próximo, acrescentou.
A aprovação por unanimidade na segunda-feira da classificação daquele plano como projeto de interesse estratégico mostra que há “uma consciência coletiva e um empenho do executivo na sua globalidade” em relação a este processo, notou Ana Bastos.
“O risco é muito pequeno de o porem na gaveta em função de quem poderá ser o próximo executivo. Os benefícios deste plano são por demais evidentes, houve uma grande transparência e abertura, houve várias discussões públicas, formais e informais, obrigatórias e não obrigatórias”, sublinhou a vereadora eleita pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/VP).
Nesse sentido, Ana Bastos diz que tem “uma forte convicção de que o plano será aprovado”.
O Plano de Pormenor apresenta um foco na mobilidade suave, na ligação entre Coimbra-B e toda a envolvente ao centro da cidade, apostando também nas linhas de água e no aumento de espaços verdes, prevendo-se ainda a construção de três edifícios em altura.
O projeto prevê que do lado nascente da estação ferroviária fique a ligação ao Sistema de Mobilidade do Mondego (autocarros em via dedicada entre Coimbra e Lousã) e o acesso pedonal à cidade.
Já do lado poente, estarão agrupados os restantes meios, nomeadamente estacionamento para automóveis, táxis, bicicletas e gare rodoviária.
Entre as propostas presentes no plano, aquela que tem recebido críticas é a utilização da atual ponte ferroviária (será construída uma nova, noutro local, para a alta velocidade) para circulação automóvel e reconfiguração do itinerário complementar 2 (IC2).
À Lusa, Ana Bastos reiterou que a utilização daquela ponte para circulação rodoviária permitira “resolver o problema do Almegue e da Casa do Sal, que são dois cancros autênticos”.
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