O plano de gestão da Alta, Rua da Sofia e Universidade de Coimbra, apresentado hoje, aponta para 112 medidas para preservar e atacar problemas e ameaças daquele bem classificado como Património Mundial.
O plano encontra-se ainda em fase de elaboração e receção de propostas, nomeadamente da Câmara de Coimbra, e a coordenadora científica do documento, Luísa Trindade, espera que o mesmo possa estar pronto e fechado no final do ano.
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Nas ações de conservação e requalificação previstas no plano para intervenções de curto prazo, estão incluídos os departamentos de Matemática, Física e Química, Museu da Ciência, Colégio de São Bento, Palácio dos Grilos, Imprensa da Universidade de Coimbra, entre outros, segundo o plano apresentado hoje na Sala do Senado da Universidade de Coimbra.
O plano prevê também intervenção na Faculdade de Letras, Biblioteca Geral, escadas monumentais, Colégio das Artes e nas acessibilidades do Polo I, com Luísa Trindade a apontar para o Colégio das Artes como uma das intervenções de requalificação mais urgentes a ter de ser feita.
Na dimensão do conhecimento, o documento prevê vários estudos e inventários, portais, ações de formação viradas para o setor do turismo e um hub cultural.
Na promoção e disseminação, o plano aponta para a renovação do circuito de visitas, entre outros.
Entre os objetivos do plano, estão a criação de boas práticas de defesa e intervenção do património, promoção da interpretação, uso de ferramentas digitais, reforçar parcerias, envolver as comunidades, gestão sustentável de fluxo de visitantes, uma política de gestão de coleções abrangente, promover a sustentabilidade energética e mitigar potenciais riscos ambientais.
Aos jornalistas, Luísa Trindade disse que o plano de gestão não tem um orçamento, por ser impossível fazê-lo, com muitas ações “a quatro, cinco e dez anos”, sendo difícil ter, neste momento, investimentos previstos para todas as medidas preconizadas.
De acordo com Luísa Trindade, a associação RUAS, que assume o papel de gestão do bem classificado, terá agora uma página de internet “enriquecida”, passando a registar todas as intervenções que venham a ser feitas, para assegurar “uma comunicação transparente do que vai sendo previsto e gasto”.
O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, presente na sessão, sublinhou que a instituição faz um investimento muito maior na requalificação de património do que aquilo que recebe com o circuito turístico.
Admitindo uma “década difícil” face à pandemia e à guerra, Amílcar Falcão defendeu que a gestão do bem classificado tem de ser feita “com as forças vivas da cidade”.
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