A Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria do Centro, organiza esta quinta-feira, 9 de outubro, no Convento São Francisco, em Coimbra, uma conferência subordinada ao tema “Incêndios Florestais, conhecer para combater”, cuja sessão de abertura estará a cargo do Diretor Nacional da PJ, Luís Neves.
Nesta conferência, inserida nas comemorações do 80º aniversário desta Polícia, assinalado a 20 de outubro, serão apresentados os resultados operacionais de 2025 e realizado um apanhado da última década no que toca à investigação criminal de incêndios.
A investigação do crime de incêndio tem uma importância central na missão da Polícia Judiciária, tanto pela gravidade das suas consequências sociais, humanas e ambientais, como pelo elevado grau de complexidade técnica e científica que envolve.
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Durante a sua intervenção, Luís Neves destacou o papel central do trabalho em equipa e da cooperação entre instituições na luta contra os incêndios e na investigação criminal associada. “É nesta relação de pessoas e instituições que nós depositamos o nosso melhor diariamente”, afirmou, sublinhando que a PJ coordena esforços com a Guarda Nacional Republicana, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e outros organismos.
O responsável enfatizou a gravidade dos incêndios florestais, tanto para o território como para a vida das pessoas, lembrando a sua experiência pessoal como beirão: “Sou do Fundão, por isso sei o que são incêndios há muitos anos. Eles descategorizam a forma de viver e leva a que as pessoas fujam das suas terras. Mas mais importante que tudo isto ainda é o perigo para a vida das pessoas.”
Destacou ainda o trabalho de prevenção e investigação da PJ, incluindo o acompanhamento de cerca de 900 incendiários: “Desenvolvemos esferas de prevenção, sobretudo com especial enfoque na reincidência, temos um estudo permanente em que temos cerca de 900 incendiários estudados. Temos um grupo de gabinete permanente de acompanhamento e apoio que visa promover as melhores práticas neste tipo de investigação.”
O diretor nacional reforçou a necessidade de um trabalho em rede, integrado e colaborativo, como forma de garantir justiça e eficácia: “Hoje, ninguém trabalha de uma forma isolada. Quem assim o quiser fazer, está isolado. Penso que todos deram paz pelos saberes, pelas experiências uns dos outros.”
O encontro em Coimbra reúne representantes do Ministério Público, GNR, PSP, Forças Armadas, Bombeiros, ICNF e Proteção Civil, reforçando a abordagem integrada na prevenção e repressão dos crimes relacionados com incêndios florestais.
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