Pico da gripe é em Janeiro. Todo o cuidado é pouco!

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 03-01-2018

Os casos de gripe estão a aumentar e as próximas semanas deverão ser “mais críticas”, alertou hoje a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, assegurando que o país está preparado para a epidemia.

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GRIPE

Em declarações à Agência Lusa a diretora-geral admitiu que possam haver nas próximas semanas “dias críticos”, mas acrescentou que os serviços estão preparados.

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“O vírus dá-se bem com temperaturas baixas” e é por si só fator de fragilização, disse Graça Freitas, lembrando que em Portugal é usual atingir-se o pico da gripe em janeiro e que há planos de contingência a nível dos centros da saúde, das regiões e dos centros hospitalares.

Graça Freitas adiantou que houve uma grande adesão dos portugueses à vacinação contra a gripe, tendo sido este outono/inverno aquele em que se vacinaram mais pessoas.

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“Portugal tem vindo a convergir para altos níveis de vacinação”, acentuou a diretora-geral da Saúde, acrescentando que na União Europeia é dos países com mais pessoas vacinadas contra a gripe, a par do Reino Unido, Irlanda e Holanda.

Graça Freitas explicou que a vacina da gripe distribuída este inverno contém três tipos de vírus, dois do tipo A e um do tipo B, e que na doença deste ano circulam vírus do tipo A e B, sendo o A o mais perigoso.

Segundo a responsável, para ao vírus do tipo A a eficácia da vacina é boa, “já não sendo tão boa para o tipo B”.

Graça Freitas frisou, no entanto, que a vacinação é importante porque mesmo que o vírus não seja concordante as pessoas serão afetadas pela gripe de forma menos grave.

 Os serviços de urgência dos hospitais que integram o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) têm tido a procura “esperada para esta época” do ano, disse o presidente da instituição, Fernando Regateiro.

A afluência às urgências do CHUC tem registado “os valores esperados para esta época”, que não têm “grandes diferenças” em relação à procura verificada, na mesma época do ano passado, afirmou o presidente do CHUC.

Frenando Regateiro fez estas afirmações nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) depois de ter visitado, com a presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), Rosa Reis Marques, os cinco serviços de urgência do CHUC: Hospital Geral (vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões), HUC, maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos e Hospital Pediátrico.

Os serviços estão preparados para responder à procura, designadamente nos dias em que ela é superior à média e/ou atinge picos, assegurou o presidente do CHUC, referindo que “o Plano de Contingência [da Gripe] será ativado logo que comecem a subir os casos” da doença.

Sobre os tempos de espera, Fernando Regateiro afirmou que eles “estão dentro do que era expectável”, sublinhando que, “entre a ‘Triagem de Manchester’ e a primeira observação médica”, eles se e”enquadram genericamente nos valores recomendados” e com “parâmetros que colocam muito bem o CHUC no cômputo geral”.

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações da bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, feitas no sábado, afirmando que, no serviço de urgência do CHUC, os doentes estão “todos misturados, doentes com meningite, doentes com outras infeções, não há controlo de infeção”, Fernando Regateiro rejeitou a acusação.

“Não é o caso”, sublinhou Fernando Regateiro, recordando, desde logo, que os serviços de urgência do CHUC estão localizados em cinco polos diferentes e que “em todos eles”, como ainda hoje constatou, “a tranquilidade existe, a serenidade existe, não há procura acrescida, não há situações limite, nem próximas do limite”.

No polo dos HUC (que é aquele onde “mais doentes acorrem”) e ao qual, “provavelmente a senhora bastonária [dos enfermeiros] se referia”, os doentes estão “na área médica 1, na área médica 2, na psiquiatria, estão na ortopedia, na cirurgia, estão nas salas de observação dos doentes urgentes, localizadas nos pisos” onde se situam as respetivas especialidades”, explicitou Fernando Regateiro.

“No total poderão ser 170 [doentes] e será um pico”, como de algum modo é normal na procura de urgências, mas “na distribuição global das médias ao longo do dia, a procura tem-se mantido dentro do expectável”, salientou.

Tranquila e com procura idêntica à de 2016 é também a situação nos restantes hospitais da região, nos quais “os serviços de urgência têm estado a funcionar normalmente, bem como a assistência nos centros de saúde”, disse a presidente da ARSC.

“Promoveu-se atempadamente toda a articulação entre os diversos serviços da região e o apetrechamento de cada uma das unidades com a resposta que, historicamente, prevemos possa ser necessária”, acrescentou Rosa Reis Marques, assegurando que “os serviços estão preparados e prontos para responder” às necessidades – “as pessoas podem estar tranquilas”.

A responsável da ARSC e o presidente do CHUC apelam aos utentes, no entanto, para evitarem, “sempre que possível, idas desnecessárias ao hospital, por situações que podem ser resolvidas com maior comodidade e rapidez” nos cuidados de saúde primários, e para “em caso de necessidade de orientação em matéria de saúde”, acederem à Linha SNS 24, através do número 808 24 24 24”, que faz “a triagem, o aconselhamento e o encaminhamento para o serviço de saúde mais adequado às necessidades de cada situação”.

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