Mais uma mulher foi morta em Portugal, vítima de violência doméstica. Jusett, de origem são-tomense, foi assassinada na manhã de quinta-feira, 6 de novembro, em plena via pública, na Praça da Corujeira, no Porto, à vista de quem por ali passava — mesmo em frente a um parque infantil e junto a uma escola.
A mulher, mãe de dois filhos, tinha decidido recomeçar a vida. Separada do companheiro, um pescador da Figueira da Foz, de 39 anos, preparava-se para começar um novo emprego num restaurante da cidade — precisamente no dia em que acabou por ser morta com duas facadas no peito e no abdómen, escreve o Notícias ao Minuto.
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Segundo o Jornal de Notícias, o agressor não aceitava o fim da relação e ameaçava matá-la se ela não voltasse para ele. Na manhã de ontem, cumpriu a ameaça.
Testemunhas contam que, após o crime, o homem bebeu um líquido de uma garrafa branca com uma caveira no rótulo — seria lixívia, segundo confirmou a PSP.
Mesmo assim, conseguiu percorrer cerca de dois quilómetros até ao viaduto do Pego Negro, nas Areias, onde se atirou. Sobreviveu e foi transportado em estado grave para o Hospital de São João, o mesmo onde Jusett acabou por morrer devido à gravidade dos ferimentos.
A vítima tinha vindo para Portugal em 2021, com o companheiro e os filhos, em busca de uma vida melhor. Morreu às mãos de quem um dia amou.
De acordo com dados oficiais da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), só na primeira metade deste ano, 13 pessoas morreram em Portugal vítimas de violência doméstica, 11 delas mulheres. Jusett é mais um nome numa lista que continua a crescer.
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