Coimbra

“Pensava que a vacina ia doer bué” (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 06-01-2022

As crianças começaram a chegar cedo ao Pavilhão 1 do Estádio Universitário de Coimbra, para a vacinação contra a covid-19 que, dos 5 aos 11 anos,  arrancou hoje em todo o país. Muitas não conseguiam disfarçar o nervoso miudinho antes da toma, mas depois a opinião foi unânime: não custa nada e garante a proteção contra o vírus. 

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“Pensava que ia doer bué”, disse ao Notícias de Coimbra Rodrigo, de 9 anos, já aliviado. “Não doeu muito, só a tirar a agulha um bocadinho”, confessou o menino, acompanhado por Diana Reis de quem é enteado. “Lá em casa não tivemos reticências na decisão”, garantiu, considerando que a vacina protege não só a criança como todos os que a rodeiam. “Pode ajudar a controlar a sintomatologia e a reduzir a carga viral no caso de termos o azar de apanhar”, afirmou.

Ansiosos estavam também os irmãos Tomás, de 8 anos, e Carolina, de 11. Por isso escolheram o colo do pai para levar a vacina. “Afinal não custou nada”, disse, surpreendida, a mais velha ao Notícias de Coimbra, segundos depois de ter sido inoculada. Foi a própria que pediu aos pais para ser vacinada e não está “nada arrependida”.

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A pequena Neuza, de 9 anos, não conseguiu segurar as lágrimas. “Primeiro chorou mas depois já só se ria”, contava Rodrigo ao NDC, perante o olhar envergonhado da amiga.

Esta manhã foram vacinadas mais de 800 crianças no Pavilhão 1 do Estádio Universitário  que “se portaram lindamente”, assegurou a coordenadora do Centro de Vacinação de Coimbra, Sofia Lemos.

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Apesar do receio as crianças mostraram-se muito bem informadas. “Vale mais a pena estarmos seguros do que não levarmos uma picadinha que não dói nada”, referiu Leonor, do alto dos seus 11 anos acrescentando que recomenda “muito” a toma da vacina a todas as crianças. “Os meus pais e a minha irmã são vacinados e eu também tinha que estar vacinada. Sei quais são os perigos da covid e que a vacina ajuda muito”, adiantou. “É importante para ficarmos seguros, também não é nada do outro mundo que doa assim tanto”, afiançou Beatriz, da mesma idade.

Paulo Tavares, que acompanhou o filho Miguel, de 8 anos, defende que a vacinação permite às crianças “viverem mais livremente e socializarem muito mais com os outros”. O professor aproveitou também para levar a dose de reforço, apesar de os docentes e profissionais das creches e ATL só terem começado a ser chamados da parte da tarde. De manhã estavam pedidas 320 senhas digitais para este grupo, revelou Sofia Lemos.

A vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos decorre até domingo, das 09:00 às 14:00, com autoagendamento ou na modalidade casa aberta. Nestes mesmos dias, o período da tarde está reservado, no Centro de Vacinação, para professores e funcionários das escolas.

Veja os diretos NDC:

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