Política

Penela: Maria Marmé migra da órbita do PS para o PSD e o opositor é Paulo Matias

Notícias de Coimbra | 5 horas atrás em 26-06-2025

A migração de Maria Marmé da órbita do PS para a do PSD no contexto da disputa da presidência da Junta da União de Freguesias penelense faz de Paulo Matias o opositor à reeleição da autarca.

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Eleita em 2017 e reconduzida em 2021, Maria Marmé (independente) triunfou, então, com o apoio do Partido Socialista e a sua primeira vitória foi acolhida com relativa surpresa num território onde prevalecia a hegemonia do PSD.

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Por ocasião da recandidatura, em 2025, a autarca faz-se acompanhar pelo tesoureiro Gonçalo Brásio.

A secretária da Junta da UF penelense, Ana Rodrigues, sem acompanhar os demais autarcas na migração também não volta a perfilar-se para membro da autarquia, dando lugar ao pai, Paulo Rodrigues, na lista encabeçada por Paulo Matias.

O tenso relacionamento entre o líder do município de Penela e Maria Marmé, nos últimos meses, deu azo a que a presidente da única União de Freguesias do concelho tenha comunicado os seus pontos de vista a dezenas de pessoas e motivou réplica de Eduardo Santos (PS).

A autarca abriu o livro “para evitar” que Eduardo Santos jogasse com “argumentos de pouco rigor na praça pública”. Escreveu Maria Marmé que, “ao contrário do que [Eduardo Santos] pretendeu insinuar”, o motivo da ruptura “nada tem a ver com a família” dela.

“Tem (…) a ver com a sua falta de palavra sobre vários assuntos que considero demasiado importantes para os penelenses”, prossegue a presidente de Junta. Na troca de argumentos não é mencionado o nome de uma filha de Maria Marmé, a qual foi deputada municipal (PSD), no quadriénio 2017-2021, e veio a ingressar, há três anos e meio, na lista encabeçada por Eduardo Santos.

Trabalhadora ao serviço de uma estrutura autónoma da Administração da Universidade de Coimbra, Maria Marmé tem duas filhas que são, hoje em dia, funcionárias da UC recrutadas mediante concursos públicos.

Luís Bento Rodrigues, administrador da UC e coordenador autárquico do PSD no âmbito do distrito de Coimbra, nega, com veemência, “qualquer relação directa ou indirecta entre o cargo profissional e a actividade político-partidária”.

Segundo Bento Rodrigues, Maria Marmé nunca esteve na dependência directa do administrador e ele não interveio nos júris dos concursos a que foram opositoras filhas dela.

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