Pelo menos 40 mortes relacionadas com a cólera foram registadas numa semana na região do Darfur, oeste do Sudão, declarou hoje a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
“Além de uma guerra generalizada, os sudaneses enfrentam atualmente a pior epidemia de cólera que o país conheceu em anos”, destacou a MSF.
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Só na região do Darfur, as equipas da MSF “trataram mais de 2.300 pacientes e registaram 40 mortes na semana passada devido à cólera”, acrescentou a organização.
A doença, transmitida por água e alimentos contaminados, pode matar em poucas horas sem tratamento.
Desde julho de 2024, cerca de 100 mil casos de cólera foram registados em todo o Sudão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com a doença a espalhar-se “por todos os estados” do país.
A entrar no terceiro ano, a guerra, que matou dezenas de milhares de pessoas e desalojou milhões, provocou o que a ONU descreve como “a pior crise humanitária do mundo”.
Num país onde os combates bloqueiam as principais vias de comunicação e paralisam a logística, o transporte de ajuda humanitária torna-se quase impossível. Os comboios estão parados e as reservas a esgotar-se.
A estação das chuvas, que se intensifica em agosto, pode agravar a crise sanitária.
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