Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos confiantes no processo de reconstrução

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 15-12-2017

Autarcas de três municípios atingidos pelo incêndio de 17 de junho, no distrito de Leiria, lamentam não ser possível realojar todas as famílias que perderam a casa antes do Natal, mas estão confiantes no processo de reconstrução.

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“Satisfeita estaria se todas as pessoas já estivessem neste momento nas suas habitações”, disse à agência Lusa a presidente da Câmara da Castanheira de Pera, Alda Correia.

No entanto, a autarca do PSD, eleita em outubro pela primeira vez para o cargo, salientou que o município, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e demais instituições parceiras “estão a fazer todos os esforços” para que tal se concretize “o mais rapidamente possível”.

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As “pequenas reparações estão no bom caminho”, mas os processos de reposição das casas de primeira habitação destruídas pelo fogo que há meio ano deflagrou em Escalos Fundeiros, no vizinho concelho de Pedrógão Grande, têm sido mais demorados.

As obras de reconstrução “já foram iniciadas” em sete residências, entre 66 afetadas total ou parcialmente no concelho da Castanheira de Pera, segundo a presidente da Câmara.

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Também no caso das empresas locais, designadamente duas firmas ligadas à exploração florestal, que empregavam “algumas dezenas” de pessoas, a reconstrução “está no bom caminho”, com a CCDRC, presidida por Ana Abrunhosa, a assegurar “um acompanhamento com alguma proximidade”, sublinhou Alda Correia.

Por sua vez, Jorge Abreu, presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, reeleito nas últimas autárquicas, disse que, das cerca de 30 casas de primeira habitação do município, “todas já estão em obra e a maioria delas já foram concluídas”.

“O apoio do Governo e do Presidente da República”, bem como de outras entidades, “tem sido constante” num conjunto de concelhos, nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco, que “nunca tinham passado por uma situação destas”, referiu.

Jorge Abreu admitiu que, nas primeiras semanas após o incêndio, chegou a haver “algum receio” de que não seria possível “dar seguimento a tudo” ao nível social, económico e da saúde, mas também ambiental e nas infraestruturas e equipamentos públicos.

“É preciso fazer, mas fazer bem. Não nos podemos queixar do Governo e da comunidade em geral”, cujo apoio “tem sido significativo”, acentuou o autarca socialista em declarações à Lusa.

Também Valdemar Alves, presidente da Câmara de Pedrógão Grande, entende que “tem havido uma resposta cabal do Governo” e demais poderes públicos “em todas as áreas” atingidas pelo fogo.

“Estão entregues todas as casas de primeira habitação”, enquanto alguns proprietários, por sua iniciativa, “estão também a reconstruir as de segunda habitação”, afirmou.

O autarca, que cumpriu um primeiro mandato na liderança do município, eleito pelo PSD, em 2013, tendo sido reeleito em 01 de outubro, desta vez pelo PS, destacou ainda o trabalho que diferentes instâncias do Estado têm realizado na saúde, na segurança social e no incentivo à agricultura de subsistência, entre outros domínios.

“Todos ficámos afetados e não tem sido fácil” retomar a normalidade da vida local ao longo destes seis meses, reconheceu.

Por outro lado, “é necessário tentar” garantir trabalho às pessoas que perderam o emprego, designadamente aquelas que tinham atividades ligadas à floresta, agora devastada pelas chamas.

Valdemar Alves disse esperar que, na área do emprego, a situação venha a ser alterada “o mais rapidamente possível”, tanto em Pedrógão Grande, como nos municípios vizinhos, com os anunciados investimentos do grupo Lusiaves na região e a conclusão do processo negocial para criar “duas empresas na área da energia”.

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