O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Pedro Pimpão, solicitou hoje um novo pacto entre o Governo e o poder local, prometendo a parceria dos municípios na construção de um país mais coeso e justo.
“Os municípios são o nível de poder mais próximo das pessoas, são a primeira porta onde se bate, a primeira esperança a que se recorre, o primeiro motor do desenvolvimento e do progresso das nossas comunidades. Portugal precisa de um novo pacto entre o Governo e a administração local”, defendeu.
Na sessão de encerramento do XXVII Congresso da ANMP, que decorreu este fim de semana em Viana do Castelo, Pedro Pimpão aproveitou a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, para lhe lançar o repto de assumir a associação como o seu principal parceiro estratégico: “um parceiro estratégico exigente e determinado na construção de um país mais coeso, mais moderno e mais justo”.
“Trabalharemos com vossa excelência e com os membros do Governo com responsabilidade, com lealdade institucional e visão de futuro. Mas, sempre na defesa intransigente dos municípios portugueses, pilares da democracia de proximidade e desenvolvimento dos nossos territórios”, evidenciou.
No seu entender, só municípios mais fortes fazem Portugal crescer e avançar.
“Caros colegas autarcas de todo o país, quando nos perguntam, como já me perguntaram várias vezes, de que lado estaremos, nós respondemos perentoriamente: estaremos onde sempre estivemos, ao lado das pessoas e ao lado de Portugal”, afirmou.
Ao longo do seu discurso, o também presidente da Câmara Municipal de Pombal (distrito de Leiria) sublinhou que a ANMP é um projeto nacional e agregador.
“A ANMP é de todos aqueles que, com a sua paixão, trabalham diariamente pelas suas comunidades e é esta pluralidade que sustenta a nossa força institucional e é também a nossa razão de existir. A ANMP é uma instituição plural e suprapartidária, livre, aberta a todos os quadrantes ideológicos e assente numa convicção essencial. O municipalismo pertence ao país real”, disse.
Pimpão lembrou que na ANMP convergem autarcas do continente: do litoral e do interior; das grandes áreas metropolitanas e das zonas de baixa densidade; mas também das regiões autónomas.
“A nossa força é esta diversidade que não divide, mas que enriquece. Uma unidade que não exige uniformidade, nem exige unanimismo, mas que exige compromisso e responsabilidade e compromisso”, vincou.
O novo presidente da ANMP reiterou ainda que pretendem um país mais coeso, mais moderno e verdadeiramente descentralizado, bem como uma nova Lei das Finanças Locais já em 2027 e descentralização responsável e com financiamento garantido.
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