Política
Pedro Nuno Santos acusa Governo de usar dinheiro público para fazer campanha

Imagem: Facebook
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou hoje o Governo de utilizar dinheiros públicos para fazer campanha eleitoral e criticou a falta de seriedade sem limites da Aliança Democrática (AD) devido ao evento “São Bento em Família”.
“A falta de seriedade do Governo da AD não tem limites. Este Governo em plena campanha, em plena campanha eleitoral, usa dinheiro público e recursos públicos para fazer campanha. O espetáculo que nós hoje estamos a assistir em São Bento é inaceitável”, afirmou Pedro Nuno Santos, durante um almoço-comício, em Ponta Delgada, nos Açores, na pré-campanha para as eleições de dia 18.
O líder socialista referia-se ao evento “São Bento em família”, que resultou do adiamento, devido à morte do Papa Francisco, dos momentos celebrativos do 25 de Abril previstos para a residência oficial do primeiro-ministro.
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Pedro Nuno Santos criticou a postura de Luís Montenegro, que esteve a “cantar com Tony Carreira”, e considerou que a AD não tem respeito pelo 25 de Abril.
O secretário-geral do PS comparou o nome daquele evento com o programa televisivo “Conversas em Família”, de Marcelo Caetano, emitido durante o Estado Novo.
“Temos um Governo que não é sério e não tem pudor na forma como se relaciona com o povo”, reforçou.
O socialista considerou que existem vários exemplos da “falta de seriedade” do Governo, como o anúncio da redução do IRS no início da legislatura ou a alteração às tabelas de retenção daquele imposto.
Pedro Nuno Santos voltou a classificar Luís Montenegro como o “principal fator de instabilidade política” devido aos casos que “envolvem pessoalmente” o primeiro-ministro.
“Se acontecesse uma vitória de Luís Montenegro, coisa que não vai acontecer, continuaríamos a viver numa situação de instabilidade política e ao mínimo aperto aquilo que faria foi o que fez, ao atirar o país para eleições”, sublinhou.
O secretário-geral do PS enalteceu o papel dos idosos e das mulheres e destacou a importância de “governar para todos”, realçando que o partido pretende “reduzir impostos para todas as famílias e não para uma minoria”.
“Queremos concentrar o esforço fiscal na redução do IVA para os bens alimentares para zero. Para zero”, insistiu.
A propósito da visita aos Açores, Pedro Nuno Santos defendeu a revisão da Lei de Finanças Regionais e das Obrigações de Serviço Público e a criação de uma estratégia para combater as dependências.
“Queremos definir a política do mar com os Açores e os açorianos”, acrescentou.
Já Francisco César, líder do PS/Açores e cabeça de lista no arquipélago, garantiu que os deputados socialistas não se vão desviar do interesse regional e apelou ao voto útil “sem rodeios”.
“O Livre, o BE, o PAN e a CDU, sabemos todos, estão muito longe de poder eleger um deputado nos Açores. Votar no PS nos Açores e não nesses partidos é o voto que vale. É o voto que pode fazer diferença. É um único voto que pode impedir a eleição do Chega”, avisou.
Nas eleições de março de 2024, a coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu no círculo eleitoral dos Açores, com 39,84% dos votos dos 106.273 eleitores, elegendo dois deputados, seguindo-se o PS, com 29,18% e dois deputados, e o Chega com 15,76% dos votos, com um deputado (Miguel Arruda, que passou a independente por suspeita do furto de malas em aeroportos).
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