Coimbra

Pedro Machado afirma que entidades regionais de turismo devem servir de modelo para regionalização  

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 29-11-2019

As entidades regionais de turismo devem servir de modelo para a criação de regiões políticas e administrativas, sendo um erro transferir competências nesta área para as atuais comissões de coordenação, defendeu hoje o presidente da Turismo do Centro.

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Pedro Machado disse hoje à agência Lusa que “acompanha vivamente” a posição do presidente da Associação de Municípios, Manuel Machado, que defendeu na quinta-feira “que é tempo de ultrapassar o tabu da regionalização”, encarada como “a oportunidade para a modernização do Estado” português.

O presidente da Turismo do Centro deixa, no entanto, alguns alertas para a maneira como deve ser conduzido o processo, adiantando que a regionalização na área do turismo deve ser acompanhada de “meios técnicos, humanos e de recursos”, para ser eficaz.

Pedro Machado defende que a divisão do país em regiões administrativas deve também ser acompanhada “pela revisão do modelo” das atuais Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), já que “a experiência dos últimos anos mostra que tem havido muita coordenação e pouco planeamento”.

O líder da entidade regional diz que concentrar competências do turismo nas CCDR é um erro, lamentando que “alguns membros do Governo” tenham publicamente defendido essa possibilidade, “contrariando o programa do Governo e até o espírito” do primeiro-ministro.

“Tal como aconteceu recentemente na área da Saúde, acho que o chefe do Governo pode estar a receber informações erradas”, refere Machado, que lembra que o modelo das regiões de Turismo envolve os privados, que integram até os respetivos órgãos dirigentes.

Considera “um erro técnico querer colocar na máquina administrativa do Estado as organizações que hoje elegem e são eleitas nos colégios regionais e que participam no modelo de governação das organizações regionais do turismo”.

O responsável da Turismo do Centro, entidade que agrupa cem municípios, diz ainda que a concentração de competências de turismo na máquina do Estado “é afastar de forma deliberada os agentes privados que estão hoje associados ao setor e que dessa forma não vão poder participar no modelo de governação das comissões de coordenação”.

Machado garante que as entidades regionais “clamam vir a assumir competências que estão na esfera do Turismo de Portugal, no sentido de otimizar a cadeia de serviços”, reforçando o seu trabalho e presença em todo o território nacional.

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