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PCP questiona Bruxelas sobre prejuízos da tempestade Leslie

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 12-11-2018

 

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O deputado do PCP no Parlamento Europeu Miguel Viegas questionou a Comissão Europeia sobre os apoios às estruturas cooperativas e agrupamentos afetados pela tempestade Leslie na região Centro e sobre seguros públicos agrícolas, foi hoje anunciado.

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Após visitas efetuadas às zonas afetadas pela intempérie dos dias 13 e 14 de outubro, Miguel Viegas enviou uma pergunta escrita à Comissão Europeia a questionar sobre “que outros apoios existem ao nível dos diversos instrumentos do orçamento” na União Europeia para fazer face ao problema.

O deputado pergunta ainda “que soluções existem para serem igualmente apoiadas as estruturas cooperativas e agrupamentos de produtores” afetados.

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No documento, lembra que na sequência da passagem da tempestade Leslie registaram-se prejuízos agrícolas avaliados em 30 milhões de euros.

“A tempestade afetou infraestruturas, instalações e equipamentos agrícolas e também perdas em animais e culturas permanentes, como é o caso de olivais, vinhas e pomares”, aponta.

Segundo o deputado do PCP, os agricultores da região Centro que viram as suas culturas e estruturas de apoio destruídas “consideram que a recuperação dos prejuízos ‘vai ser lenta’ e ‘demorará vários anos’, pelo que são necessárias medidas rápidas para reiniciar a produção”.

“O Ministério da Agricultura Português disponibilizou até agora 15 milhões de euros a fundo perdido. Para além da necessidade de mais fundos para fazer face aos prejuízos, ficam de fora as cooperativas e agrupamentos de produtores dos concelhos afetados, cujo papel é fundamental nos escoamentos da produção e que ficaram igualmente com avultados prejuízos nas suas instalações”, aponta.

Numa segunda pergunta enviada à Comissão Europeia, Miguel Viegas refere que o ano de 2018 foi “calamitoso para a agricultura portuguesa”.

“Na primavera, 85% do território estava em seca severa ou extrema. Nem os Açores escaparam à seca que provocou quebras na produção de milho forrageiro entre 50 a 80%, obrigando muitos produtores pecuários a diminuir os seus efetivos em vacas leiteiras e aleitantes”, relata.

Acrescenta que, no continente, “uma parte significativa da área irrigável não pôde ser regada este ano devido à seca, o que representa um prejuízo de mais de 1,1 mil milhões de euros no setor agrícola” e, na sequência da passagem da tempestade Leslie, na região Centro, “registaram-se prejuízos avaliados em 30 milhões de euros”.

Segundo o deputado, “a experiência demonstra que os seguros agrícolas com comparticipação pública não estão a dar a resposta necessária aos prejuízos causados pelas intempéries”.

Assim, Miguel Viegas pergunta à Comissão Europeia “se está disponível para apoiar programas de seguros agrícolas públicos, totalmente geridos e controlados pelos Estados, por forma a tornarem-se instrumentos ao serviço do agricultores e não apenas uma fonte de lucro para os grupos financeiros”.

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