Política

PCP diz que Portugal deve decidir se quer “Tapzinha” ou companhia de bandeira

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 08-07-2021

O secretário-geral do PCP disse hoje que o número de trabalhadores que saiu da TAP na restruturação é superior ao anunciado e defendeu que é preciso decidir se Portugal quer uma “Tapzinha” ou uma companhia de bandeira.

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“Há uma mistificação. É que dizem que querem despedir 124, mas sem contabilizar os muitos que, por processo da chamada rescisão amigável, já foram afastados. O problema que se continua a colocar é se queremos uma Tapzinha ou se queremos uma empresa de bandeira”, afirmou Jerónimo de Sousa, em Matosinhos, num comentário sobre o despedimento coletivo na companhia aérea nacional.

O processo de despedimento coletivo de 124 colaboradores iniciado hoje pela TAP abrange 35 pilotos, 28 tripulantes de cabina, 38 trabalhadores da manutenção e engenharia e 23 funcionários da sede.

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Para o secretário-geral do PCP, Portugal precisa de uma empresa de aviação de “bandeira”, pelo que o partido não pode acompanhar as opções tomadas na TAP.

“Não podemos acompanhar [as opções da TAP], na medida em que querem limitar praticamente ao máximo, até praticamente à liquidação, designadamente o setor da manutenção, por exemplo”, disse Jerónimo de Sousa, sublinhando tratar-se de um setor “prestigiado, com grande capacidade de resposta internacional”.

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“Infelizmente parece que isso não está na perspetiva do Governo”, disse.

Numa mensagem enviada pela administração aos trabalhadores, a que a agência Lusa teve acesso, a presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, destaca que este número representa “uma redução de menos 94% face ao número inicial previsto e exigido pelo plano” de reestruturação da companhia, que ascendia a 2.000 trabalhadores.

Essa redução foi conseguida através da adesão a medidas voluntárias, como acordos temporários de emergência com os sindicatos, rescisões por mútuo acordo e integrações na Portugália, acrescentou aquele responsável.

Segundo refere, tal permitiu que “o número de trabalhadores elegível para rescisão unilateral fosse reduzido para 124”, assim distribuídos pelos principais grupos profissionais da TAP: 35 pilotos (face ao número inicial de 458); 28 tripulantes de cabina, contra os inicialmente previstos 747; 38 trabalhadores da ME [Manutenção e Engenharia] Portugal (relativamente ao número inicial de 450); e 23 trabalhadores da sede (face aos iniciais 300).

Jerónimo de Sousa visitou hoje as Oficinas da CP em Guifões, Matosinhos, onde se encontrou com as organizações representativas dos trabalhadores.

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