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PCP diz que grupo Aquinos impõe férias ilegalmente

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 19-03-2020

 O PCP defendeu hoje que a pandemia de Covid-19 não pode pôr em causa os direitos laborais e acusou o grupo Aquinos de “impor ilegalmente” o gozo de férias a milhares de trabalhadores.

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DR I Carlos Aquino, administrador

“O PCP tem chamado a atenção para aproveitamentos, por parte de setores do patronato e de grupos económicos, para o ataque aos direitos dos trabalhadores a propósito da pandemia”, afirmam, em comunicado conjunto, os setores de empresas dos distritos de Coimbra e Viseu do partido.

A esses aproveitamentos, segundo os comunistas, “juntam-se pressões do patronato para marcação forçada de férias, como no caso do grupo Aquinos”, produtor de sofás e colchões com sede em Tábua, distrito de Coimbra, que tem também unidades em Carregal do Sal e Nelas, distrito de Viseu, além de França e Polónia.

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Frisando que a pandemia “não pode acelerar a exploração dos trabalhadores”, as duas estruturas regionais exigem “respostas que assegurem a salvaguarda da saúde dos trabalhadores sem colocar em causa os salários, nem o direito ao gozo de férias”.

O grupo Aquinos, um dos cinco maiores produtores mundiais de sofás e colchões, mandou esta semana de férias os trabalhadores das fábricas em Portugal devido à pandemia de Covid-19.

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Em mensagem dirigida aos seus 3.200 trabalhadores nacionais, a que a agência Lusa teve acesso, a administração refere que, “após análise ponderada, decidiu-se, para segurança de todos”, fixar “o gozo de férias nos dias 17, 18, 19 e 20”.

“No decorrer dos próximos dias, daremos mais informações sobre as próximas semanas”, acrescenta.

Desta medida ficam excluídos os trabalhadores com filhos menores de 12 anos, cujas escolas encerraram e que já se encontram em casa.

“Sabemos que o gozo de férias antes de 01 de abril deverá ser consentido por acordo, pelo que se algum colaborador não concordar com esta medida deverá manifestar via telefónica ou através de ‘e-mail’ para os recursos humanos”, refere a administração.

Em 2019, o grupo faturou mais de 300 milhões de euros em vendas para quase 40 países.

Emprega atualmente 4.000 pessoas, das quais 3.200 em Portugal e 800 nas fábricas de França e Polónia e nos escritórios espalhados que possui noutros países, incluindo Brasil e China.

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